A PL Brasil apresenta abaixo o guia da Premier League do Burnley 2019/2020.
Chacoalhar a poeira. Esse é o pensamento principal do Burnley para a temporada que se aproxima. A modesta 15ª colocação na última Premier League deixou equipe, torcida e direção preocupados com o futuro. Essa será a quarta participação seguida na elite dos Clarets, que definitivamente não querem que seja a última.
Após conquistar um surpreendente sétimo lugar em 2017/18 e chegar a disputar os playoffs da Europa League, o Burnley não conseguiu manter o nível das atuações – o que era esperado, de certa forma. Contudo, a queda brusca, não estava nos planos.
A equipe vem de um ano fraco e, por pouco, não foi rebaixada. A posição mais alta da equipe foi quando, ainda na primeira rodada, esteve em 11º lugar. O rendimento na primeira metade do ano foi tão fraco que os Clarets chegaram a estar na zona de rebaixamento por oito rodadas.
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O melhor momento aconteceu entre dezembro e fevereiro quando a equipe ficou oito jogos sem perder e conseguiu se distanciar da zona da degola. Daí para frente, o clube melhorou – mesmo que timidamente e não voltou mais à zona de descenso.
Sean Dyche sabe que sua missão é um pouco ingrata. Sem muito dinheiro pra investir, a equipe espera os negócios de oportunidade para reforçar a equipe, que decepcionou, após chegar ao sétimo lugar na temporada 2017/18. Em entrevistas recentes, ele informou que a direção está sim procurando bons valores para contratar, mas que não farão loucuras.
O treinador inglês, que está no comando desde 2012, sabe que é possível essa reviravolta no comando. A sétima colocação – e a vaga em competições europeias após 51 anos –, veio depois de uma temporada que o clube ficou em 16º na classificação.
Dyche raramente alinha a equipe fora do tradicional 4-4-2. As duas linhas de quatro procuram dar a consistência defensiva pelo meio, afastando os jogadores para os lados do campo, onde laterais e wingers pressionam e tentam acabar com o ataque adversário.
Já na construção ofensiva, os flancos são ocupados para dar amplitude. A ideia é abrir espaços e facilitar a movimentação dos jogadores na parte central, contando com a presença dos dois atacantes e da chegada dos meia-centrais da equipe.
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Para esta temporada, até agora, são dois reforços: o lateral esquerdo Erik Pieters, holandês de trinta anos, e o atacante Jay Rodriguez, que iniciou sua carreira no clube. A manutenção de jogadores considerados referência também pode ser visto como reforço: James Tarkowski, Ashely Westwood, Dwight McNeil e Chris Wood.
São bons nomes que, trabalhados da maneira correta, podem devolver ao Burnley a estabilidade na elite inglesa. Não há como se esperar uma campanha que deixe a equipe entre os melhores, mas pode-se jogar com um maior equilíbrio. A busca pela regularidade será o maior desafio dos Clarets na temporada que se inicia.
Informações gerais
- Estádio: Turf Moor;
- Cidade: Burnley (Lancashire);
- Posição na última Premier League: 15º lugar;
- Títulos do Campeonato Inglês: dois;
- Rival: Blackburn;
- Apelido: Clarets.
Vai e Vem
VAI: Tom Heaton (Aston Villa, £9m), Jon Walters (aposentadoria), Stephen Ward (Stoke, free-agent), Anders Lindegaard (dispensado), Peter Crouch (aposentadoria).
VEM: Jay Rodriguez (West Bromwich, £10m), Bailey Peacock-Farrell (Leeds United, £3m), Erik Pieters (Stoke, £1.5m), Danny Drinkwater (Chelsea, empréstimo), Joel Senior (Curzon Ashton, não revelado).
Jogador destaque
O atacante neozelandês Chris Wood é a referência no ataque dos Clarets. O camisa nove, dono de dez gols e duas assistências na última Premier League, é um dos homens de frente da equipe.
Wood é o centroavante clássico, com boa presença de área e finalizador. A pré-temporada mostrou que o atacante está afiado: oito gols em nove amistosos, incluindo um hat-trick diante do Nice.
Na última temporada, dos pés dele saíram gols importantes para a permanência do Burnley na elite inglesa. Foram oito vitórias conquistadas depois do Boxing Day com Wood marcando gol em seis ocasiões.
O que chama atenção é que os gols sempre foram decisivos: ou empataram a partida ou colocaram os Clarets à frente do placar. Esse tipo de atuação é que faz do atacante uma das referências da equipe dentro e fora de campo.
Fique de olho
Dwight McNeil foi um dos poucos destaques da equipe do Burnley na última temporada. O meia-atacante inglês de 19 anos se tornou titular após o Boxing Day e não perdeu mais a posição.
Nos Clarets desde 2014, o jovem se firmou no time justamente quando a equipe melhorou seu rendimento. Foram três gols e cinco assistências em 20 jogos em 2019, ajudando a equipe a ter seu melhor momento na temporada – a sequência de oito jogos sem derrota.
Ele é tratado como a atual “joia” no elenco do clube, já dando resultados na equipe principal. Sean Dyche já demonstrou que acompanhará com cuidado o desenvolvimento do seu jovem jogador e que está muito satisfeito com o que viu até agora.
“Ele realmente está bem e estou gostando muito do seu comprometimento. Ele está trabalhando muito”, afirmou o treinador.
O ambiente parece bem favorável para que, nesta temporada, McNeil consiga dar mais um passo no seu desenvolvimento para se tornar um jogador importante para os Clarets. Portanto, vale a pena ficar de olho no jovem inglês.
Time-base
4-4-2: Pope; Lowton, Tarkowski, Mee, Taylor; Guðmundsson, Cork, Westwood, McNeil; Rodriguez, Wood. Técnico: Sean Dyche.
Palpites
- Leonardo Parrela (PL Brasil): meio de tabela;
- Paulo Andrade (ESPN): briga para não cair;
- Natalie Gedra (ESPN): briga para não cair;
- Burnley Brasil: meio de tabela.