O Manchester City disputará sua primeira final de Mundial de Clubes da história nesta sexta-feira (22), contra o também estreante Fluminense, às 15h no horário de Brasília, no King Abdullah Sports City, em Jeddah, na Arábia Saudita. Em entrevista coletiva antes da partida, o técnico Pep Guardiola rasgou elogios ao time de Fernando Diniz.
Nesta quinta-feira (21), o treinador cutucou os comentários críticos da imprensa inglesa ao tricolor carioca e, inclusive, comparou a equipe carioca à seleção brasileira de 1982.
Guardiola respeitoso e com elogios ao Fluminense
O treinador do Manchester City se absteve de comentários em relação às matérias da imprensa inglesa sobre o time brasileiro, em que criticavam a rotação de empregos de Fernando Diniz e a idade avançada dos titulares.
— Não vou falar por um segundo sobre o que a imprensa disse sobre o jogo de amanhã. Eu conheço o talento do Fluminense e o quanto o Mundial significa para as equipes sul-americanas – afirmou o treinador.
O catalão também ressaltou os triunfos dos campeões da América sobre alguns dos grandes times do continente, enquanto manteve grande respeito pelo adversário durante toda a coletiva:
— Eu conheço exatamente o talento e a qualidade do Fluminense e o que eles podem fazer. Eles venceram equipes da Argentina, Colômbia e Uruguai. Conheço meus jogadores e os respeito pelo que fazem.
Idade e estilo impressionam o Manchester City
Para Guardiola, o fato de o time de Fernando Diniz ter diversos jogadores experientes é muito benéfico para eles, o que impacta na forma com a qual a equipe joga — também elogiada pelo treinador.
— O Fluminense tem seis ou sete jogadores com mais de 30 anos, o que significa que sabem controlar suas emoções. Eles jogam de uma maneira muito brasileira das décadas de 70 e 80, trocas de passes, muitos jogadores onde a bola está… – analisou.
Guardiola acaba de comparar o Fluminense com a Seleção Brasileira de 1982.
— Fred Caldeira (@fredcaldeira) December 21, 2023
O treinador já disse em diversas oportunidades sobre sua admiração pela seleção brasileira, especialmente os times de 1970 e 1982, o último tendo ficado muito marcado em sua memória. E ele chamou a atenção pelo jeito diferente de jogar da equipe de Diniz.
Na Copa do Mundo de 1982, a seleção brasileira tinha um time repleto de nomes históricos, como Zico, Sócrates, Falcão e Júnior, e comandados por Telê Santana praticavam um futebol esteticamente agradável, envolvendo adversários com passes curtos, tabelas e mudanças de posições.
A equipe brasileira não passou das quartas de final, quando foi derrotada para a campeã Itália no jogo que ficou conhecido como a Tragédia do Sarriá. Ainda assim, seu estilo de jogo virou referência para diversos futuros treinadores, como o próprio Diniz.
— Precisamos ficar atentos aos espaços que teremos. A maneira como eles jogam, nunca enfrentamos uma equipe assim. Não é posicional, eles se movimentam muito. Temos que impor nossa presença da melhor maneira possível – ponderou Guardiola.
O treinador dos Citizens já conquistou o Mundial de Clubes anteriormente, comandando o Barcelona e o Bayern de Munique, e reforça que, mesmo com uma importância maior aos sul-americanos, ainda é uma final emocionante.
— Como se joga uma final de Mundial sem emoção? A emoção está lá, é como você a administra. Está lá. É por quanto tempo ela permanece na sua mente. Esse é o grande objetivo em finais – finalizou.