Guardiola vilão? Segundo um ex-jogador do Manchester United e lenda da seleção alemã, o treinador do City é um dos responsáveis pelos recentes fracassos da equipe nacional. Desde que foi campeã do mundo em 2014, a Alemanha sequer passou da primeira fase nos Mundiais.
Considerado como um dos maiores revolucionários do futebol em todos os tempos, Pep Guardiola deixou legados ideológicos de futebol por onde passou. Na Alemanha, isso não foi diferente e se intensificou.
Por que Guardiola ajudou a Alemanha a fracassar?
Em entrevista à “Talk Sport”, Bastian Schweinsteiger não mediu palavras para opinar sobre a passagem do espanhol em solo alemão. Segundo o ex-volante, desde que Guardiola chegou ao Bayern de Munique, o futebol local abandonou suas raízes e cedeu ao estilo de jogo do comandante catalão.
—Acho que houve muitas mudanças. Sabe, quando Pep Guardiola se juntou ao Bayern de Munique quando veio para o país, todos acreditavam que tínhamos que jogar esse tipo de futebol, com passes curtos e tudo mais–, avaliou.
Pep Guardiola assumiu o Bayern em 2013, pouco antes do quarto título mundial da Alemanha, no Brasil. Apesar do curto tempo, algumas marcas do treinador puderam ser vistas na conquista germânica, como, por exemplo, a centralização de Phillip Lahm. Com um meio-campo muito forte, a seleção prezou pela posse de bola na ocasião e foi, muitas vezes, apontada como executora do tiki-taka.
Contudo, depois da Copa do Mundo de 2014, a Alemanha acumulou fracassos. O país foi eliminado nas fases de grupos dos Mundiais de 2018 e 2022 e caiu nos mata-matas das Eurocopas de 2016 e 2021. O ponto mais alto foi a conquista da já descredibilizada Copa das Confederações, em 2017.
100 Länderspiele bisher für Bastian Schweinsteiger – und noch 100 Tage bis zur WM in Brasilien! pic.twitter.com/A9JZk5Llgj
— DFB-Team (@DFB_Team) March 4, 2014
Schweinsteiger diz que Alemanha ‘perdeu os valores’
Segundo o campeão mundial, o principal problema nas últimas competições foi o desapego com os valores históricos da seleção. Schweinsteiger opinou que a Alemanha abandonou os princípios de luta e pragmatismo, presentes nas maiores conquistas da equipe ao longo do tempo.
— Estávamos perdendo nossos valores, sabe. Acho que a maioria dos outros países via a Alemanha como uma lutadora que poderia correr até o fim e tudo mais —, pontuou.
O meio-campista, que trabalhou com Guardiola no Bayern entre 2013 e 2015, alegou que a seleção nacional trocou seu DNA por uma incessante troca de passes difundida no país pelo atual técnico do Manchester City.
–Esquecemos dos nossos pontos fortes, ao longo dos últimos sete, oito anos. Estávamos mais focados em tocar bem a bola de um para o outro. Essa é uma das razões–, finalizou.
