Dos jogadores brasileiros que já vestiram a camisa do Manchester City, poucos se lembram do zagueiro Gláuber.
Quem é Glauber, ex-jogador Manchester City?
O defensor deu início à sua carreira futebolística no Atlético-MG em 2000 e alcançou certo destaque no Brasil atuando pelo Palmeiras, entre os anos de 2003 e 2006, quando rumou à Alemanha para defender o Nuremberg.
Depois de dois anos, Gláuber chegou à Inglaterra para defender o Manchester City. Naquele momento, os Citizens passavam por um momento de transição, visto que o Sheik Mansour bin Zayed Al Nahyan tinha acabado de se tornar proprietário do clube, que naquele momento só havia sido campeão inglês em duas oportunidades e via o seu rival dominando a terra da rainha.
Na Inglaterra, Gláuber ficou por apenas uma temporada. Todavia esse tempo foi o necessário para entrar na memória dos torcedores dos Citizens. Mas por que o brasileiro se tornou tão querido e até reconhecido como ídolo cult do clube?
Definitivamente, não foi por atuações históricas, gols e títulos. O zagueiro vestiu a camisa do City uma única vez, no dia 24 de maio de 2009, quando atuou por dez minutos, na partida diante do Bolton, última rodada da Premier League daquela temporada, substituindo o lateral esquerdo Wayne Bridge.
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A pressão da torcida sobre o então técnico do time Mark Hughes para colocá-lo em campo era gigantesca. Depois da sua única atuação, Gláuber foi eleito como melhor jogador da partida com nota de 8,67 em enquete da BBC.
Em tempos de vacas magras, o torcedor do Manchester City enxergava em Gláuber um ídolo cult, termo citado por diversos meios ingleses naquele momento e muito bem aceito pelo brasileiro, pela aplicação diária nos treinamentos e por não demonstrar chateação por não atuar.
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Apelidado de “The Invisible Man” (“O Homem Invisível”) pela torcida azul de Manchester, Gláuber também serviu de inspiração para o apelido do banco de reservas da equipe, que se tornou “The Berti”, devido ao apelido do ex-defensor.
Na temporada de Gláuber na Inglaterra, ele foi companheiro de outros brasileiros: Robinho, camisa 10 daquele time, Elano e Jô. Além dos seus compatriotas, o zagueiro era amigo de nomes como Vincent Kompany, um dos maiores ídolos da história do City, e Joe Hart, ex-goleiro dos Citizens e da seleção inglesa.
Sua relação com Robinho teve um capítulo bastante particular. O ex-jogador evitou que o então camisa 10 do time se metesse numa briga com o galês Craig Bellamy, conhecido pelo comportamento agressivo.
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O atacante brasileiro havia se lesionado, mas queria jogar. Então fez sessões dobradas de fisioterapia, além de infiltração. Foi para o jogo, todavia sentiu a lesão e pediu para ser substituído, fato que deixou Bellamy irado.
O ex-atacante de País de Gales chegou no vestiário xingando o atacante brasileiro em inglês, só que Robinho não entendia. Frente a essa situação, Gláuber, que entendia tudo que o galês falava, se colocou frente a Bellamy e pediu mais respeito do mesmo por Robinho, movimento que acalmou a situação e fez com que os outros jogadores desse razão para os brasileiros.
Gláuber deixou a Inglaterra e assinou com o São Caetano. Além disso, passou por Rapid Bucareste, da Romênia, e pelo norte-americano Columbus Crew, no qual deu fim a sua carreira devido a lesão. O brasileiro chegou a atuar na seleção brasileira, na partida de despedida de Romário, diante da Guatemala, derrotada por 3 a 0.