Destaque do Leeds na atual temporada, o israelense Manor Solomon tem sido peça importante do tradicional time que busca o acesso para a Premier League. Emprestado pelo Tottenham, o atacante até ganhou uma música da torcida dos Whites, mas ela tem gerado grande controvérsia na Inglaterra.
Israelense do Leeds ganha música anti-Palestina
O canto faz referência ao jogador supostamente “odiar a Palestina” e tem sido entoada nas arquibancadas. A primeira vez foi no fim de dezembro na partida contra o Stoke City pela Championship, e o Leeds emitiu seu primeiro comunicado sobre o assunto polêmico.
— “Linguagem ou cantos discriminatórios não são aceitáveis, e os torcedores podem estar infringindo a lei. O clube condena esse comportamento e tem uma política de tolerância zero em relação à discriminação e qualquer tipo de abuso” — diz um trecho do documento.
O tom duro do comunicado não surtiu o efeito esperado. A música voltou a ser cantada por parte da torcida em alguns jogos já em janeiro.
O canto polêmico também passou a ter maior repercussão na imprensa inglesa e o Leeds novamente publicou uma nota oficial condenando o comportamento.
— “O Leeds United mais uma vez condena o canto que contém uma letra anti-Palestina direcionada a Manor Solomon, tendo já feito isso através de comentários à mídia local e nacional em dezembro. Crimes de ódio e linguagem ou cantos discriminatórios não são aceitáveis no Leeds United, e o clube tem uma política de tolerância zero em relação a qualquer tipo de abuso discriminatório” — diz a mensagem.
O novo texto publicado pelo clube ameaçava banir do estádio qualquer pessoa flagrada cantando a música, com o aumento do uso de câmeras de segurança e de seguranças para identificar os torcedores responsáveis.
Cantos ofensivos e discriminatórios costumam ser punidos no futebol inglês. A Federação de Futebol da Inglaterra (FA) respondeu sobre a possibilidade de intervir ou punir o Leeds caso o canto continuasse ou aumentasse em popularidade. “Apoiamos totalmente o comunicado, as ações e os esforços do clube para erradicar os cantos ofensivos de seu estádio.”
Solomon foi questionado em entrevista ao “The Athletic” em janeiro sobre o tema, mas preferiu não fazer comentários. “Só quero dizer que sou grato pelo apoio dos torcedores, de todos, independentemente de onde sejam, no que acreditam e o que apoiam”.
