O brasileiro Roberto Firmino se tornou ídolo no Liverpool durante a era Jürgen Klopp, mas sua saída do clube não foi tão positiva. E, segundo ele, Mohamed Salah pode ter um fim parecido.
Em sua biografia “Si Señor – My Liverpool Years”, o atacante revelou detalhes sobre a sua saída e explica por que Salah, que está em seu último ano de contrato, pode ter momentos tensos com a direção como ele mesmo teve.
A situação dos contratos no Liverpool
Arne Slot receberá o elenco completo pela primeira vez nesta semana, depois dos desfalques da pré-temporada por conta da Eurocopa e Copa América. Mas alguns dos pilares da era Klopp têm dúvidas sobre seu futuro.
Os principais são Virgil van Dijk, Trent Alexander-Arnold e Mohamed Salah, que estão no último ano de seus respectivos contratos. O brasileiro, que esteve nesta situação no ano passado, teve experiências ruins.
Segundo o ex-camisa 9, na pré-temporada de 2022/23, a direção disse que queria mantê-lo. Klopp pressionou para que ele ficasse. O atacante aceitou diminuir seu salário, mas não houve acordo:
— Ele (Klopp) insistiu que se resolvêssemos apenas o salário, poderíamos acelerar o processo de renovação. Eu concordei com ele. Não deveria ser um problema. Eu disse a ele que discutiria o assunto com meus agentes e pediria a eles que finalizassem o acordo.
Desde que os Reds venceram a Premier League em 2020, Adam Lallana, Gini Wijnaldum, Divock Origi, James Milner, Naby Keita, Alex Oxlade-Chamberlain, Joel Matip, Adrian e Thiago Alcântara, além do brasileiro, deixaram o clube como agentes livres.
O exemplo de Firmino para Salah
Ele havia deixado suas intenções claras para seus agentes: queria ficar. No entanto, revelou que uma diferença de opinião sobre seu papel estava surgindo:
— Na visão dos meus representantes, eu era um jogador de alto nível no futebol mundial e deveria receber uma renovação que refletisse isso. Da perspectiva comercial do clube, o auge de Roberto Firmino havia passado — disse em seu livro.
“Meu salário era bastante alto, investimentos significativos foram feitos em novos jogadores e algumas extensões de contrato”, completou. Na visão do clube, o futuro estava garantido com Gakpo, Darwin, Luis e Diogo Jota.
A visão do clube era que o brasileiro não seria mais um protagonista, e mesmo que ele tenha aceitado um contrato mais curto, não houve acordo. “Eu disse ao clube que aceitaria uma redução salarial significativa, isso não foi um problema, dinheiro não importava”.
— Mas a comunicação estava confusa e as respostas foram lentas. Uma semana… três semanas… um mês. Continuamos fazendo concessões, mas não parecia haver uma verdadeira vontade da outra parte em finalizar as negociações — continuou.
A experiência de Firmino pode ser um reflexo do que Salah tem pela frente com as negociações de sua extensão. O jogador já recebeu propostas de grandes valores da Arábia Saudita e sua permanência não é garantida.