Dias depois de perder a final da Champions League para o Real Madrid, em Kiev, por 3 a 1, o Liverpool contratou seu primeiro reforço para a atual temporada: o meio-campista brasileiro Fabinho, que custou cerca de 40 milhões de libras.
O brasileiro chegou aos Reds para substituir Emre Can, que se transferiu para a Juventus ao fim da temporada.
Mesmo participando da pré-temporada desde o início, Fabinho ainda não conseguiu se firmar pelo clube. Além disso, ficou muitas vezes fora até da lista dos relacionados.
Jornalistas e torcedores ficaram surpresos com a ausência do brasileiro nesses jogos, pois foi uma das contratações mais caras do clube. Aliás, o jogador foi convocado para a Seleção nesse período.
Adaptação ao estilo de jogo
Um dos motivos que fazem Fabinho não ser tão usado no momento é a adaptação ao estilo de jogo do Liverpool. É uma dinâmica bem diferente do que ele estava acostumado e requer tempo.
As equipes de Jürgen Klopp são marcadas pela intensidade a todo momento, e para quem está chegando de uma liga onde a filosofia é totalmente diferente, não é fácil se adaptar.
Esse tratamento do comandante não é novidade, pois na última temporada ele fez isso com o lateral-esquerdo Andrew Robertson e o meio-campo Oxlade-Chamberlain.
Os dois atletas não estavam prontos para serem usados assim que chegaram e ficaram entre os suplentes. Quando conseguiram chegar no nível que Klopp exigia, foram cruciais para o sucesso do Liverpool na temporada passada.
Talvez você esteja se perguntando sobre o motivo para Naby Keita ter chances e Fabinho ser utilizado apenas por minutos contra o PSG pela Champions League e o Chelsea pela League Cup.
A resposta é: Keita veio da Bundesliga, onde é uma liga que tem um futebol mais rápido e intenso. Isso ajuda demais na adaptação.
Forte concorrência para Fabinho
Outro fator que contribui muito para a ausência de Fabinho na equipe é o Liverpool ter inúmeras opções em seu elenco para usar no meio-campo.
Este setor é o coração da equipe de Klopp e conta com nomes como Jordan Henderson, James Milner, Naby Keita e Giorginio Wijnaldum.
Henderson e Milner fizeram uma última temporada espetacular, com o segundo sendo o líder de assistências na Champions League.
Keita nos primeiros jogos deixou boa impressão. Já o holandês Wijnaldum vem fazendo um excelente e surpreendente início de temporada.
A ideia de Klopp ao contratar Fabinho foi de ter em seu elenco um jogador versátil e com qualidade. O brasileiro pode muito bem fazer as funções de primeiro e segundo volante, um pouco mais avançado.
Mesmo ele tendo um passe refinado e uma boa marcação, ainda está abaixo de seus companheiros no momento, e todas essas etapas precisam ser cumpridas para seu amadurecimento.
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Na partida contra o Chelsea, pela Copa da Liga Inglesa, o brasileiro só foi substituído aos 38 minutos da etapa final, atuando boa parte do tempo como primeiro volante, substituindo Henderson.
No entanto, Fabinho teve muitas dificuldades ao longo da partida, oscilando bastante. Nos primeiros 20 minutos do jogo, ele cedeu bastante espaço no meio-campo e os Blues aproveitaram para criar chances.
Uma das maiores dificuldades de Fabinho é executar o pressing pedido por Klopp, ou seja, a pressão na saída de bola adversária e a retomada da bola quando perder.
É importante ter calma com Fabinho pois as dificuldades de adaptação são extremamente normais. É um jogador novo, com muito potencial e quando estiver pronto, vai ajudar demais o Liverpool.