Em um dos eventos mais trágicos que envolveram o futebol inglês no ano passado, Michail Antonio, atacante do West Ham, esteve perto da morte.
O inglês naturalizado jamaicano revelou detalhes pela primeira vez do acidente que sofreu: a sensação de estar no carro quase inteiro destruído e as chances que ainda tem de voltar a jogar futebol.
O acidente Michail Antonio
O atacante de 34 anos sofreu um horrível acidente de carro em dezembro. Sua Ferrari colidiu com uma árvore, e ele ficou com uma perna gravemente fraturada.
Agora, em sua primeira entrevista desde o acidente, Antonio admite que teve sorte de ter sobrevivido, e temia que não pudesse mais ver seus filhos.

Em entrevista ao programa “Morning Live”, da emissora inglesa “BBC”, ele deu detalhes do acidente e do que passou pela sua cabeça:
— Me deu uma sensação estranha no estômago (ao ver seu carro no ferro velho, após o acidente). Isso apenas me fez perceber que eu estava muito perto de morrer. Eu tinha visto as fotos, mas era 10 vezes pior pessoalmente. O carro estava uma bagunça absoluta. Foi difícil para mim.
O atacante disse que não tem medo de dirigir depois do acidente, mas se preocupa de que haja um estigma em torno dele e de estar em um carro.
— O único problema que tenho com isso agora é que toda vez que entro no volante, me preocupo que, mesmo que algo pequeno aconteça, será como ‘ah, Michail se envolveu em um acidente novamente', e esse tipo de negatividade entra na minha mente e me deixa um pouco nervoso.
Antonio teve questões de saúde mentais expostas nos últimos meses, falando abertamente sobre terapia para atletas e a busca por felicidade e propósito no futebol depois de perder ambos com o passar dos anos.

O jogador fraturou o fêmur em quatro lugares diferentes e passará por um longo período afastado dos gramados, mas acredita que pode voltar a jogar.
— Sim, 100%. Eu jogarei novamente. É a maior lesão que já tive na minha carreira. Mas o fato de eu já estar dois ou três meses à frente de onde deveria estar, sei que jogarei novamente.
Antonio recebeu grande apoio do West Ham e de seus companheiros de equipe desde seu acidente. Ele admitiu que a saga “abriu seus olhos” e lhe deu um novo apreço pela vida.