Manchester City: empate com Real Madrid na Champions escancara deficiência e liga sinal de alerta

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O Real Madrid empatou com o Manchester City por 3 a 3, nesta terça-feira (9), pelo jogo de ida das quartas de final da Champions League 2023/24. Os gols no Santiago Bernabéu foram marcados por Bernardo Silva, Phil Foden e Gvardiol, para os visitantes, e Rúben Dias (contra), Rodrygo e Fede Valverde.

Gol relâmpago de Bernardo Silva quase bate recorde

O jogo começou eletrizante. Com uma marcação de falta no início do jogo um pouco mais afastada da área, Bernardo Silva aproveitou o espaço vazio do lado direito do goleiro Lunin e a presença de apenas uma pessoa na barreira para arriscar um chute direto para as redes, com apenas dois minutos de jogo.

A ideia deu certo e se tornou o segundo gol mais rápido já sofrido pelo Real Madrid na história da Champions League, de acordo com a plataforma de estatísticas “OptaJoe”. O lance perde apenas para o gol de Mario Mandzukic pela Juventus, em abril de 2018 (77 segundos).

City superou ausência de De Bruyne, mas não de outro desfalque…

O Manchester City até conseguiu pressionar nos minutos seguintes, fazendo parecer que a ausência de última hora de Kevin De Bruyne — o belga passou mal pouco antes da partida começar e ficou no banco — não faria diferença. Mas isso durou apenas dez minutos. Aos 12 minutos, Camavinga conseguiu finalizar de fora da área e a bola desviou em Rúben Dias e foi para o fundo das redes.

Se De Bruyne não fazia tanta falta no ataque, a velocidade de Walker, outro desfalque, foi sentida. Apenas dois minutos depois, em um contra-ataque fulminante, Vinicius Junior passou para Rodrygo, que enfrentou e venceu Akanji (substituto de Walker) na arrancada e, com muita frieza, deu um toquinho para superar o goleiro Ortega.

Virada escancara estratégia de Ancelotti e falhas na defesa do City

A velocidade com que o City levou a virada parece ter desestabilizado o time, que não conseguiu mais criar. Carlo Ancelotti armou o time de forma a dificultar o ataque Citizen, com Rüdiger anulando Haaland, Mendy parando Bernardo Silva e Vini e Bellingham revezando a marcação em cima de Rodri.

A ausência de Kyle Walker seguiu fazendo efeito. A defesa do City se mostrou vulnerável, permitindo a chegada do Real Madrid com perigo diversas vezes, principalmente com Vini e Rodrygo.

E esse problema não é de hoje. Essa é a segunda pior temporada da defesa do Manchester City na Era Guardiola. A média de gols sofridos (0,95) só não é maior que a da temporada de estreia do treinador na Inglaterra (1,07). Em 2023/24, foram 47 gols tomados em 49 jogos.

Manchester City “ressuscita” após intervalo, mas não segura virada

Com seus principais jogadores sem espaço para criar e finalizar, o City encontrou os gols de virada de forma “alternativa” no segundo tempo. Aos 21, Phil Foden, que estava sumido no primeiro tempo, mandou uma bomba na gaveta. E cinco minutos depois, Gvardiol marcou seu primeiro gol pelo clube inglês: um golaço de fora da área.

Apesar de o City ter crescido na partida, o Real Madrid seguiu buscando o resultado. Aos 34, Vini Jr deu uma assistência para Fede Valverde marcar o terceiro gol madrilenho e deixar o placar igualado novamente.

As duas equipes se enfrentam novamente em busca da vaga nas semifinais na próxima quarta-feira (17), às 16h (horário de Brasília). Apesar de não voltar para Manchester com a derrota, Guardiola precisará ajustar os problemas na defesa para não correr o risco de perder a taça da Champions e se manter na briga pelo título da Premier League.

Maria Tereza Santos
Maria Tereza Santos

Jornalista pela PUC-SP. Na PL Brasil, escrevo sobre futebol inglês masculino E feminino, filmes, saúde e outras aleatoriedades. Também gravo vídeos pras redes e escolhi o lado azul de Merseyside. Antes, fui editora na ESPN e repórter na Veja Saúde, Folha de S.Paulo e Superesportes.