Diogo Jota saiu do banco de reservas e precisou de apenas 22 segundos para marcar o gol de empate do Liverpool contra o Nottingham Forest no dia 14 de janeiro.
Esse é apenas um exemplo da efetividade do atacante com os Reds. Ele chegou ao clube em 2020 depois de se destacar no Wolverhampton e soma 64 bolas na rede e 21 assistências em 164 jogos. No entanto, isso se tornou um “problema” para Arne Slot. Como? A PL Brasil analisa a seguir.
Para entender a situação, vamos recapitular algumas das formações ofensivas do técnico holandês para o time titular nesta temporada. Slot começou a campanha com Mohamed Salah e Luis Díaz nas pontas e Diogo Jota centralizado — o que parece ser seu “plano A”.
Depois, chegou a colocar Cody Gakpo no lugar de Díaz e Darwin Núñez na posição de centroavante ocupada por Jota.
Houve também o esquema 4-2-3-1 que deixou o português mais recuado com Gakpo e Chiesa nas alas e Núñez avançado, como no jogo contra o West Ham na Copa da Liga Inglesa em setembro.

Isso reflete um dos pontos fortes de Diogo Jota: a versatilidade. Aos 28 anos, ele pode atuar como ponta — na esquerda ou na direita — ou centroavante. Não à toa esteve envolvido em 10 gols nas 20 vezes que foi a campo em 2024/25.
Diogo Jota é baixa constantemente no Liverpool
O que impede Jota de conquistar números ainda melhores — e aqui está a dor de cabeça do treinador — são os problemas físicos. O camisa 20 se machucou no clássico contra o Chelsea na 8ª rodada da PL, em 20 de outubro, e só retornou dia 14 de dezembro, em duelo contra o Fulham.
Depois de garantir o empate do Liverpool com o Forest na 21ª rodada, o jogador sentiu novamente uma lesão muscular e virou baixa por “algumas semanas”, como disse Arne Slot. O técnico não pôde contar com ele nos dois jogos seguintes — contra Brentford no Campeonato Inglês e Lille na Champions League.
Essa foi a 10ª lesão registrada pelo português desde que assinou com o clube de Merseyside, e são mais de 60 partidas como desfalque por problemas físicos.

Quem frequentemente ocupa seu lugar na equipe é Darwin Núñez, que vive altos e baixos e foi até ligado a uma possível transferência de clube em janeiro.
Núñez desembarcou no norte da Inglaterra dois anos depois de Jota e ainda não consegue ser uma unanimidade na equipe. São 39 gols e 22 assistências em 127 duelos disputados. Na temporada atual, o uruguaio de 25 anos registra 10 participações em tentos nas 31 aparições que fez.
Atacante | Jogos na temporada 2024/25 | Participações em gols |
Darwin Núñez | 31 | 10 |
Diogo Jota | 20 | 10 |
No comparativo entre os atacantes apenas na Premier League, Jota supera o companheiro de time em gols (5 a 4), gols esperados (4,87 a 3,27) e na média de tentos por partida (0,4 a 0,2). O uruguaio leva vantagem no quesito grandes chances criadas (2 a 3) e média em aspectos defensivos, como desarmes (0,5 a 0,9) e cortes (0,4 a 0,5), além de ter menos grandes chances desperdiçadas (8 a 3).
Atacante | Minutos jogados na PL 2024/25 | Gols marcados | Gols esperados | Grandes chances criadas | Grandes chances perdidas |
Darwin Núñez | 826 | 4 | 3,27 | 3 | 3 |
Diogo Jota | 627 | 5 | 4,87 | 2 | 8 |
O português voltou a campo na vitória por 4 a 0 sobre o Tottenham pela Copa da Liga Inglesa na quinta-feira (6), e pode encarar o Plymouth Argyle neste domingo (9), na Copa da Inglaterra.
O Liverpool é líder da Premier League, avançou às oitavas da Champions também na primeira colocação, e tem o camisa 20 como peça fundamental para manter a efetividade do time com Salah e Díaz. O jornalista James Pearce, do “The Athletic”, destaca que Diogo Jota é a referência ideal no ataque dos Reds.
— Jota é, sem dúvidas, o camisa 9 mais completo à disposição de Slot. Ele em forma e enérgico vai determinar o que o Liverpool vai alcançar nesta temporada –, analisa o jornalista.