O Bahia está muito perto de se juntar ao Grupo City, por aquisição da sua SAF. Os conselheiros do clube baiano se reunirão para dar o aval da negociação com o grupo árabe, dono do badalado Manchester City de Pep Guardiola e Erling Haaland. O time deverá ser o 12º componente do conglomerado de futebol dos sheiks dos Emirados Árabes, que já atuam por todo mundo como donos de equipes grandes, pequenas e até satélites.
O Abu Dhabi United Group, os donos reais do time inglês, começaram a atuar no futebol em 2008, quando entram no cenário de Premier League. A empresa pertence ao Sheikh Mansour bin Zayed Al Nahyan, que hoje já dividiu a porcentagem da empresa e vendeu 13% para empresários chineses e 10% para empresários americanos e já reembolsou quase R$1 Bilhão só com esse movimento. Confira os times do Grupo City, suas histórias e a importância de cada um no organograma:
Manchester City
Decerto, o cargo chefe da equipe, o time inglês já virou a sensação do futebol europeu e desde 2008, vem atropelando os rivais dentro da Premier League, principalmente após a chegada de Pep Guardiola. A equipe ganhou seis títulos nacionais em 15 possíveis, mas os seis campeonatos nos últimos oito anos. Sã0 16 taças em 15 anos de parceria, com a grande internacionalização da marca.
New York City (EUA)
O time americano do grupo estreou na MLS em 2013, em parceria dos Árabes com os investidores do time de baseball da cidade, os Yankees. Hoje, a equipe é a segunda na hierarquia, com muitos jovens considerados estrelas e que atuam no clube para se ambientarem com a filosofia. O time venceu a MLS de 2021 e já se destaca com algum protagonismo dentro dos times americanos e como referência de jogo.
Melbourne City (Austrália), Montevideo City Torque (Uruguai) e Mumbai City FC (Indía)
Portanto, as equipes australiana e uruguaia são as únicas que mudaram seu nome e adotaram o “City”, a mudança de escudo e a camisa azul clara. Os times são considerados polos importantes para captação de jovens da Oceania e na América do Sul. O grupo analisa as divisões de base dos países vizinhos e já tentam a contratação antes que estourem nos profissionais.
Para fechar, o grupo árabe não se fechou para mercados alternativos e também entrou no futebol indiano, nada badalado. Entretanto, o país é o segundo maior do mundo, com 1,36 bilhões de pessoas e assim, se coloca em mais um possível local de grande consumo de seus produtos oficiais e aquisição de torcedores. Mumbai é a maior cidade do país e assim, a equipe ganha ainda mais o marketing, muito além do que possíveis revelações para o campo bola.
Yokohama F. Marinos (Japão) e Sichuan Jiuniu (China)
Os japoneses foram os últimos a entrarem no grupo, mas partem para uma ideia de rede de observação global de possíveis jovens estrelas. Ao lado do time chinês, ambos são os olhos do City no mercado asiático, além do futebol dentro de campo, também na venda de imagem e formação de novos torcedores que vão consumir produtos oficiais.
Bolívar (Bolívia)
Apesar de ser um time da América do Sul, o Bolívar está localizado perto da América Central e assim, o time se juntaria ao New York na rede de observação dos jovens venezuelanos, costa riquenhos e até mexicanos. Antes da possibilidade de entrarem no Brasil, o time era posição central no Continente e mostrava para os sul-americanos, o que é a filosofia de futebol do grupo. Decerto, o time também já se distanciou dos rivais e ganhou torneios nacionais, além de ser nome garantido na Libertadores.
Girona FC (Espanha), Lommel SK (Bélgica) e ES Troyes AC (França)
Os três clubes europeus da empresa, hoje, são usados como satélites para jovens jogadores e entrada para o velho continente. De primeira, o campo de observação cresceu ainda mais, principalmente olhando para a base das equipes dos países. Os três clubes mantém equipes jovens, com muitos estrangeiros que pertencem ao City mas precisam rodar e ganhar experiência. Por lá, por exemplo, o brasileiro Douglas Luiz jogou no clube espanhol antes de estourar no futebol inglês.
Foto destaque: Reprodução/SKY Sports