Confiança e promessas cumpridas: alvo do Fulham, Morato tem motivos para acreditar no projeto esportivo do Benfica

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O Fulham se movimentou recentemente no mercado da bola para contratar o zagueiro brasileiro Morato, revelado pelo São Paulo, que atualmente joga no Benfica.

De acordo com o jornal português “Record”, os ingleses fizeram três propostas aos Encarnados pelo zagueiro. Uma de 12 milhões de euros, outra de 15 milhões de euros e uma terceira de 17 milhões de euros, com mais 1 milhão de euros em bônus. Todas foram recusadas pelo Benfica.

A imprensa portuguesa divulgou que o clube de Lisboa não respondeu sequer com uma contraproposta, o que indica que não está disponível para negociar o brasileiro. A informação é de que o treinador alemão Roger Schmidt valoriza o fato de Morato ser o único zagueiro canhoto do plantel, apesar de hoje estar atrás de Antonio Silva e Otamendi na corrida pela titularidade. “A capacidade de sair jogando é um trunfo do brasileiro”, escreveu o “Record”.

O ex-são-paulino começou jogando como titular no primeiro amistoso de pré-temporada, contra o Southampton, no qual o time português venceu por 2 a 0. Lucas Veríssimo, que já foi recentemente especulado no Flamengo, é o outro zagueiro titular.

Morato confia em Schmidt e no projeto esportivo do Benfica

Do lado do zagueiro, não haverá insistência para deixar o Benfica, mesmo que a proposta seja para uma liga mais famosa como a Premier League.

A PL Brasil apurou com o entorno do jogador que Morato acredita no projeto esportivo benfiquista e na gestão de Roger Schmidt, que já cumpriu promessas feitas ao brasileiro no passado.

Antes da última temporada, o Rennes, da França, fez três propostas pelo zagueiro brasileiro, incluindo uma “muito pesada”. Na época, o Benfica recusou o negócio com a justificativa que Morato teria tempo de jogo em Portugal.

A promessa foi cumprida por Schimidt. Morato foi titular nos quatro primeiros jogos da temporada e em todos os play-offs da Champions League. A sequência só foi interrompida por uma torção no tornozelo, ainda em agosto de 2022, que o tirou do time por quase dois meses.

Mesmo assim, o contrato do zagueiro foi renovado em setembro. O vínculo que era até 2025 passou a valer até 2027, com aumento da multa (foi para 100 milhões de euros) e valorização salarial.

Morato perdeu espaço no elenco com a lesão e voltou na reserva de Silva e Otamendi. Por isso, terminou a temporada apenas com 20 jogos (menos que os 25 de 2021/22) e 1.532 minutos em campo. Ele foi titular na vitória contra o Santa Clara, na última rodada, que deu o título português ao Benfica.

Morato na temporada 2022/23

  • 20 jogos (16 como titular)
  • 76,6 minutos por jogo
  • 1 gol

O Benfica sabe que os representantes de Morato esperam que ele jogue mais na temporada 2023/24, mas o histórico de confiança entre as partes o convence a não forçar uma saída no momento. A ideia do zagueiro é trabalhar para conquistar cada vez mais espaço no time titular.

Além disso, existe a expectativa de que o Benfica negocie antes o zagueiro Antonio Silva, de 19 anos. A promessa portuguesa chamou a atenção recentemente de clubes como PSG, Liverpool, Manchester United e Real Madrid. Sua saída promoveria Morato de vez ao 11 inicial.

Fulham ainda vai atrás de zagueiro brasileiro

Com as recusas do Benfica em negociar Morato, o Fulham parece ter voltado as atenções para outro zagueiro brasileiro. O clube inglês estaria interessado em contratar Roger Ibañez, ex-Fluminense, que defende a Roma.

Os Cottagers ainda tentam renovar o contrato com Willian, cujo contrato venceu no último mês de junho. Eles enfrentam a concorrência do Nottingham Forest.

O Fulham também estuda fazer uma proposta pelo meio-campista brasileiro do Coventry City, Gustavo Hamer. Atualmente, o elenco do time de Londres tem Andreas Pereira e Carlos Vinícius como representantes do Brasil.

Diogo Magri
Diogo Magri

Jornalista nascido em Campinas, morador de São Paulo e formado pela ECA-USP. Subcoordenador da PL Brasil desde 2023. Cobri Copa América, Copa do Mundo e Olimpíadas no EL PAÍS, eleições nacionais na Revista Veja e fui editor de conteúdo nas redes sociais do Futebol Globo CBN.

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