O Everton vive momentos opostos dentro e fora de campo. Depois de sofrer a perda de 10 pontos como punição por um déficit milionário no caixa dos últimos três anos, a equipe de Sean Dyche está reagindo. Os Toffees chegaram a uma sequência de três vitórias e já saíram da zona de rebaixamento.
Porém, internamente, o clima ainda é de tensão por causa da 777 Partners. A empresa, que também é dona do Vasco da Gama, no Brasil, e de outros clubes na Europa, ainda está passando pelos trâmites legais para oficializar a compra do Everton. E uma atualização sobre esse processo pode complicar ainda mais a situação financeira e esportiva dos Toffees.
Venda do Everton para a 777 pode ficar para 2024
O atual acionista majoritário do Everton, Farhad Moshiri, anunciou um acordo de venda do clube para a 777 em setembro. No entanto, para a compra ser oficializada, seria necessário que a Premier League aprovasse a negociação. A previsão é de que essa sabatina se encerrasse ainda em 2023, concluindo a venda antes do Natal.
Porém, de acordo como jornal inglês “Daily Mail”, a Premier League relatou ao Everton que a aquisição não será aprovada antes do final do ano, pois o processo de diligência está longe de terminar. A demora provavelmente está relacionada à dificuldade de entender a origem do dinheiro da empresa americana, administrada por Josh Wander e Steven Pasko.
Além disso, a liga está checando se há suficiência nos fundos da companhia e os numerosos processos judiciais nos quais ela está envolvida nos Estados Unidos.
O que acontece se a compra do Everton atrasar
A 777 vinha emprestando valores ao clube desde agosto, mesmo antes de oficializar a compra, baseados na previsão de que a decisão seria tomada antes do Natal. O grande problema é que a empresa anunciou recentemente que interromperia esses empréstimos caso a oficialização da venda atrasasse para além desse prazo.
Sem o financiamento da 777 e de Farhad Moshiri, o clube seria incapaz de arcar com os salários e custos operacionais, o que o levaria a uma recuperação judicial. Além do problema financeiro em si, o regulamento da Premier League indica que quando um clube entra nessa condição, ele sofre uma perda automática de nove pontos, deixando a situação ainda mais complicada.
Segundo o “Daily Mail”, porém, a Premier League estaria relutante em tomar medidas que pudessem levar o Everton à recuperação judicial, “mas também não está disposta a ser pressionada para uma resolução precipitada de uma questão complexa”.
Fontes do Everton revelaram ao jornal que seguem esperançosos da concretização da aquisição e “que estão trabalhando em estreita colaboração com a 777 e a Premier League”. A empresa americana, por sua vez, se recusou a comentar o caso, mas disse que não recebeu nenhuma notificação formal da PL sobre o cronograma para tomar uma decisão.