Está no ar mais uma edição de Champions League. Como exige a competição, este colunista promete compromisso para vir aqui todo pós-rodada e trazer os principais pontos, do melhor e pior que viu na terça e quarta-feira, entre jogos completos e compactos.
Para começar, acho justo dizermos, sem correr o risco de parecer clubista, que ninguém jogou mais na primeira rodada do que o Arsenal. Havia, naturalmente, uma grande expectativa por se tratar do primeiro jogo de Champions League dos Gunners desde março de 2017. O Emirates vivia uma noite diferente, os relatos são de que o ar parecia mais puro (com permissão para o exagero).
As memórias horrorosas de um time que foi trucidado pelo Bayern por 10 a 2 no placar agregado deram lugar à esperança. Claro que ainda é extremamente cedo, mas quem acompanha a Era Arteta sabe que o Arsenal vem evoluindo, pouco a pouco, para pleitear um papel mais relevante do que ser saco de pancadas de algum gigante.
#PLBScore informa
O último jogo do Arsenal em Champions foi na temporada 2016/17 contra o Bayern, uma derrota por 5 a 1 ✖️
A escalação foi essa aqui… pic.twitter.com/3yZzOz9IRX
— PL Brasil (@plbrasil1) September 20, 2023
A primeira impressão foi de um time pronto. Mesmo sem Martinelli, o trio Odegaard, Saka e Gabriel Jesus comandou o baile sobre o PSV, que pode não estar na primeira prateleira, mas também não é um time qualquer (e estava invicto em 9 jogos na temporada). Foi uma goleada construída ao natural, no melhor estilo que nos acostumamos a ver neste último ano. Vale acompanhar o restante dessa saga.
O Barcelona não esteve longe do Arsenal
Também gostei muito da atuação do Barcelona. Claro que o rival era o Antuérpia, mas fez o que se espera em ocasiões de pouca exigência: atropelou (5 a 0). Para o torcedor, melhor ainda tem sido ver João Félix, até aqui candidato a contratação de toda a temporada europeia.
João marcou dois gols, deu uma bela assistência para Lewandowski e foi, logicamente, o melhor em campo. Na entrevista ao repórter Marcelo Bechler, da TNT Sports, mostrou já estar íntimo do estilo de Xavi, citando as tabelas, os poucos toques na bola para encontrar uma solução.
Às vezes nos esquecemos que ele só tem 23 anos. Se esse nível de atuação for constante, o Barça tem motivos para acreditar numa grande campanha, afinal, o time titular tem ótimo trato com a bola. Não vejo nenhuma grande lacuna.
O PSG vai sobreviver ao Grupo da Morte
Aqui, uma previsão. Não tão oportunista, pois eu já tinha essa opinião desde o sorteio. Pintaram o PSG como um fracassado, mas precisamos lembrar que o fracasso geralmente vem nas oitavas de final ?
Mbappé é extraclasse, enquanto há ótimos coadjuvantes para formar um time melhor do que Milan, Newcastle e, principalmente, Borussia Dortmund (quem viu o jogo no Parque dos Príncipes sabe).
Aliás, grande atuação de Vitinha no meio-campo, setor menos estelar do elenco. Se ele e Zaire-Emery (de somente 17 anos) derem um passo adiante eu também enxergo este PSG incomodando bastante.
Como é fácil fazer gol no Manchester United…
Na quarta-feira, Bayern e Manchester United entregaram a dose de entretenimento que eu esperava. Mas é preciso dizer que os 4 a 3 são totalmente enganosos. Até o primeiro gol o United fazia uma partida bem digna. Onana falhou e aí o time desmoronou.
Pela primeira vez desde 1978, o Manchester United sofreu pelo menos três gols em três jogos consecutivos (Arsenal, Brighton e Bayern). Se pegarmos o recorte dos últimos cinco jogos, então, a coisa piora: foram 14, média de 2,8 por jogo. Não há quem resista.
Do Bayern, também podemos dizer que a defesa não parece pronta. Mas o ataque compensa, né? Sané, Gnabry, Musiala… Harry Kane definitivamente não está sozinho.
Bellingham nasceu para jogar no Real Madrid
Você provavelmente já leu esta frase sobre Jude Bellingham nas últimas semanas. A sensação é de estarmos testemunhando um evento predestinado, sabe? Bellignham já tem 6 gols e 1 assistência em 6 jogos pelo Real Madrid, o último deles no minuto 92 para destravar a defesa do Union Berlin.
Os € 103 milhões já parecem o troco do chiclete. Bellingham pode não ter sido nem excepcional como em outras oportunidades, mas estava na pequena área para decidir. A diferença dessa vez é que o Real Madrid precisou de 32 finalizações (e um expected goals de 3,80) para vencer pelo placar mínimo. Não deve ser assim sempre.
De qualquer maneira, resisto à ideia de colocar o Real como maior favorito ao título. Primeiro porque existe o Manchester City, segundo porque continuo achando inaceitável o clube não ter investido em outro atacante. Joselu é esforçado, fará gols importantes, mas quem é que vai sair do banco quando o jogo pedir?
A seleção da rodada
Encerro minha coluna com a seleção da primeira rodada, já publicada nas redes sociais da PL Brasil. Que soem as cornetas!