Como torcedor do Arsenal, entendo que o clube nunca esteve tão bem preparado para voltar a ganhar uma Premier League como agora. É bem verdade que a essa altura da temporada passada o time tinha cinco pontos de vantagem para o Manchester City e, agora, apenas um. Mas a sensação é que os astros não precisam estar inteiramente alinhados. O time tem capacidade para vencer por si só.
Ou seja, num bom português, chegamos à hora da verdade.
No domingo teremos Manchester City x Arsenal. É o jogo do calafrio. O Arsenal acabou de listar em seu site oficial cinco grandes vitórias sobre o City fora de casa na história, e a mais recente aconteceu em 2015, há nove anos, com grande atuação do mago Santi Cazorla.
Desde então, são um empate e oito derrotas consecutivas por todas as competições. A grande notícia é que o Arsenal já quebrou um jejum de três anos ao vencer o City no Emirates, em outubro, mas agora precisa repetir o feito no Etihad, onde o saldo neste período é de 24 a 6 para os Citizens, praticamente englobando toda a Era Guardiola.
🎶 One-nil to The Arsenal 🎶
Relive a BIG win over Manchester City all over again 👇 pic.twitter.com/sSeabbZUBw
— Arsenal (@Arsenal) October 8, 2023
Logicamente não será nada fácil, mas por que dessa vez eu acredito?
Porque o elenco do Arsenal está pronto.
Arteta está em sua quinta temporada. Pouco antes chegou o brasileiro Edu, diretor técnico. O Arsenal vinha de alguns anos melancólicos considerando a reta final de Arsène Wenger e o período com Unai Emery.
O elenco estava acomodado, com os melhores jogadores beirando os 30 anos e carregando altos salários, além de diversos nomes de qualidade duvidosa. Era necessária uma profunda reformulação, que obviamente não seria possível em pouco tempo.
Hoje o torcedor olha para trás e consegue perceber o reposicionamento do clube. O foco passou a ser em jovens, que precisaram maturar, criar casca com derrotas até chegarem ao dia de hoje.
Estou falando de Ben White, Saliba, Gabriel Magalhães, Odegaard, Gabriel Martinelli, Saka. E de outros que chegaram a ponto de vivenciarem a traumática temporada passada, como Gabriel Jesus, Zinchenko, Kiwior, entre outros.
Estou abraçado nessa tese, mas confesso que competir tão firme até aqui não seria possível sem a presença de Declan Rice, ou até mesmo das últimas atuações de Kai Havertz, que promete ser ainda mais importante na reta final.
Para domingo, o City ainda tem problemas físicos e talvez não conte com Walker, Stones, Akanji e Ederson. Em outros tempos, eu sequer me empolgaria com os desfalques, pois o fim seria o mesmo.
Agora eu sinto que o vento pode mudar. Que ele sopre para Londres, e não para Liverpool.