O Chelsea conseguiu a aprovação para a venda do terreno das proximidades de Stamford Bridge para poder reformar seu estádio. O problema é que lá vivem cerca de 100 ex-militares e viúvas de guerra. De acordo com o “Daily Mail”, os veteranos estão revoltados por serem forçados a sair de suas casas.
Segundo o jornal britânico, eles teriam solicitado uma liminar na Justiça para tentar impedir que os curadores da Stoll Charity, que administram o bloco de apartamentos, vendessem o local para o Chelsea. Porém, a organização já confirmou que o acordo para a venda do terreno ao clube foi aprovado.
O conselho da Stoll afirmou ter recebido 13 propostas, que foram analisadas ao longo de seis meses, com a aprovação constatada após uma consulta de nove semanas com os residentes. Por meio de um comunicado, a organização alega que seu conselho concluiu que a remodelação do local exigira fundos que a instituição de caridade não possui — pelo menos 10 milhões de libras (R$ 61,4 milhões).
Acredita-se ainda que a venda permitirá à instituição a estabelecer novas propriedades que vão proporcionar habitações de maior qualidade e mais sustentáveis, com terrenos, acomodações e instalações melhores. A Stoll, que manterá 20 apartamentos no local, acrescentou que a venda do terreno irá melhorar os serviços aos ex-militares e que dará apoio durante o processo de mudança.
O plano do Chelsea para a reforma de Stamford Bridge
A aprovação da venda do terreno significa um grande impulso para os planos do Chelsea de expandir seu estádio com capacidade para 40.341 pessoas. A reforma é estimada em 2 bilhões de libras (R$ 12,28 bilhões). Enquanto Roman Abramovich era proprietário do clube, os Blues encontraram vários obstáculos para a reconstrução de Stamford Bridge.
Mas, como parte da compra do clube em maio de 2022, Todd Boehly e Clearke Capital reservaram 4,25 bilhões de libras (R$ 26 bilhões) para a reforma do estádio, que duraria, em uma visão otimista, até 2030.
Uma possível mudança para Earl’s Court, estádio vizinho, foi descartada em abril deste ano e, desde então, o foco foi a reforma do Stamford Bridge, que prevê o aumento da capacidade para 60 mil pessoas. O Chelsea, no entanto, precisaria jogar fora de sua casa por quatro anos durante as obras.
Os estádios que o Chelsea poderia utilizar são: Wembley, Twickenham e Craven Cottage (estádio do Fulham). De acordo com o “Daily Mail”, Boehly manteve conversas com Shahid Khan, dono do Fulham, mas, apesar da proximidade, uma arena com capacidade para 25.700 pessoas pode fazer com que os Blues percam grande parte de sua receita.
Portanto, onde o Chelsea jogará durante a reforma do Stamford Bridge ainda é uma incógnita. Twickenham, localizado no sudoeste de Lodnres, é o segundo maior estádio do Reino Unido e casa da seleção inglesa de Rugby. A arena possui capacidade para 82 mil pessoas.
Já Wembley é o estádio nacional da Inglaterra, localizado no subúrbio londrino de Wembley Park, com capacidade para abrigar 90 mil pessoas. É o maior estádio do Reino Unido e segundo maior da Europa, ficando atrás apenas do Camp Nou, do Barcelona, que também está fechado para reforma.