Quem pensou que o Chelsea diminuiria seu investimento em jovens após o acerto com Estevão Willian se enganou. A equipe planeja seguir cada vez mais agressiva nas buscas por talentos promissores em prol de um projeto ambicioso liderado pela BlueCo.
O bilionário russo Roman Abramovich acostumou o mundo com contratações de astros já consagrados para os londrinos. A história em Stamford Bridge agora é outra e tem o futuro no horizonte, como explicou o site “The Athletic”.
Chelsea manterá investimento em jovens
A intenção dos Blues agora é reunir os melhores jovens possíveis. Não necessariamente o time fará contratações tão caras como a de Estevão, que custará cerca de 65 milhões de euros (R$ 448 milhões). Contudo, a busca por adolescentes segue e a prova está sempre no próximo momento do time.
O Chelsea agora negocia com Aaron Anselmino, uma joia do Boca Juniors. O jovem tem apenas 19 anos, é zagueiro e pode custar 20 milhões de dólares (R$ 108,4 milhões).
A atual gestão está gastando seis vezes mais que Roman Abramovich gastava com contratações de jovens. Desde que assumiu o controle do clube, em 2022, a direção contratou oficial 17 jogadores com menos de 23 anos para o time sub-23.
- Kendry Paez
- Deivid Washigton
- Ângelo
- Andrey Santos
- Diego Moreira
- Roméo Lavia
- Lesley Ugochukwu
- Malo Gusto
- Moisés Caicedo
- Cole Palmer
- Nicolas Jackson
- Djordje Petrovic
- Enzo Fernández
- Mykhailo Mudryk
- Benoit Badiashilie
- Noni Madueke
- David Datro Fofana
Todo esse investimento não vem do nada. Durante a “era Abramovich”, a folha salarial da equipe era altíssima. Agora, esse custo despencou e tem sido, em partes, utilizados na contratação de jovens. Essa filosofia não agrada aos torcedores que se acostumaram a ver o Chelsea disputando títulos, mas Todd Boehly acredita que esse é o caminho certo para o sucesso a longo prazo.
Além dos reforços: Chelsea quer montar rede de observação mundial e mira o Brasil
Mas não basta contratar jovens. É preciso montar toda uma estrutura para comportar esse estilo de gestão. Além de jogadores, os Blues têm investido muito na contratação de profissionais da área.
Em julho de 2023, o clube fechou a contratação de Alyssion Marins, ex-olheiro-chefe do Corinthians. Marins tem papel central no recrutamento do clube.
O Chelsea tem empenhado recursos significativos para a construção de uma ampla rede de monitoramento por todo o mundo. A América do Sul é um ponto central desse plano, o que fica claro através das contratações.
Os diretores esportivos Laurence Stewart e Paul Winstanley receberam a missão de chefiar esse projeto. Esses foram capacitados para realizarem a sucessão no elenco principal da melhor forma. Por exemplo, Estevão e Kendry Páez atuam na mesma faixa do campo de Cole Palmer e Noni Madueke, mas são cinco anos mais novos. E por aí vai.
E a base, como fica?
A categoria de base pode ficar desamparada nesse processo. E, de fato, ficou. Com tantas contratações, o Chelsea liberou nomes como Lewis Hall (Newcastle), Ian Maatsen (Borussia Dortmund/Aston Villa) e Omari Hutchinson (Ipswich) por falta de espaço. Apesar disso, o clube planeja olhar com carinho para sua formação.
Os Blues querem ter pelo menos 10 jogadores das categorias de base no elenco principal na próxima temporada. Mas a régua é alta e eles terão de lutar com os contratados. Uma das disputas nesse sentido seria entre a revelação Josh Acheampong e o brasileiro Pedro Lima, que optou pelo Wolverhampton.
O Strasbourg, já experimentado por Andrey e Ângelo nessa temporada, será um caminho ainda mais recorrente para os jovens que não tenham experiência para jogar no Chelsea.
O caminho está exposto e será percorrido pelos Blues pelos próximos anos. Há convicção que a busca por jovens deva nortear o time daqui para frente.
Earned, not given.
Congratulations on your senior debut, Josh! 👏#CFC | #CheTot pic.twitter.com/8o9kdQY2KT
— Chelsea FC (@ChelseaFC) May 3, 2024