A era Roman Abramovich trouxe frutos para o Chelsea que muitos torcedores nunca imaginariam. Desde sequências de títulos importantes dentro do cenário inglês até a conquista da sonhada Champions League. Mas os Blues não se resumem a isso. O Chelsea já havia montado bons esquadrões no passado. Entre as conquistas, a Supercopa de 1998 sobre o Real Madrid.
Os 25 anos do título, inclusive, inspirou a camisa do Chelsea para a temporada 2023/2024. Na divulgação, além de usar fotos dos jogadores dos times masculino e feminino, como já é de costume, o clube inglês trouxe Roberto Di Matteo e Dennis Wise, que fizeram parte do histórico elenco que levou a taça.
Além do design similar à camisa da temporada 1997/98, o novo uniforme tem detalhes dourados na manga. O escudo foi feito com um material brilhante e furta-cor, inspirado no “prestígio e glamour da famosa King’s Road nos anos 90”, uma rua na cidade de Chelsea muito associada à moda da época.
O caminho do Chelsea até a final com o Real Madrid em 1998
A estrada trilhada pelo Chelsea e que terminaria derrubando um gigante da Europa começou quando o time foi campeão da Copa da Inglaterra na temporada 1996/1997. Na época seguinte, trilharam o exato caminho para o título da antecessora da Europa League:
2ª fase – vitória sobre o Slovan Bratislava;
Oitavas de final – vitória sobre o Tromsø IL;
Quartas de final – vitória sobre o Real Betis;
Semifinal – vitória sobre o Vicenza Calcio;
Final – campeões em cima do Stuttgart.
Já o Real Madrid conquistou a Champions League sobre a Juventus. Isso após enfrentar adversários como Borussia Dortmund, Porto e Bayer Leverkusen. Um caminho mais desafiador, mas que não daria automaticamente o título da Supercopa aos espanhóis.
A decisão da Supercopa entre Chelsea e Real Madrid
Em todo duelo válido pela Supercopa, fica claro o favoritismo daquele que havia ganho a Liga dos Campeões. O Real Madrid era quem possuía o título de equipe mais poderosa da Europa e também o fardo de mantê-lo ante um rival teoricamente inferior. Envolto desse pensamento foi iniciada a partida.
No primeiro tempo, o domínio de todos os setores do campo era claramente feito pelo time espanhol. Defendiam bem, anulando as bolas longas para Gianfranco Zola. Atacavam com facilidade, explorando os lados do campo. Roberto Carlos e Sávio infernizaram a defesa com boas trocas de passe e criando oportunidades importantes para o Real.
Apesar do maior poder de fogo dos espanhóis, o primeiro tempo contou com apenas uma grande chance de gol. Esta veio de Fernando Hierro, que, em cobrança de falta frontal, colocou a bola caprichosamente na trave de De Goey. Para os que assistiram à partida, talvez esse momento fique marcado como o derradeiro para a reviravolta do Chelsea.
Com 0 a 0 no placar no intervalo, foi o momento de Gianluca Vialli tomar as rédeas do confronto. Para combater a ineficiência das tramas ofensivas dos Blues, o técnico soube chacoalhar a equipe para jogar com a bola no chão. O uso dos passes longos foi abolido e Zola deve ter agradecido bastante por isso. Com passes mais rápidos, o Chelsea cresceu na partida.
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Foi na entrada de Gustavo Poyet, no entanto, que a história mudaria de fato. Ele entrou no lugar de Di Matteo, que estava sumido da partida por não conseguir encontrar espaços entre o meio-campo e a defesa. Com Zola tomando a noite para si, Poyet precisou apenas se posicionar bem no minuto 81 para se consagrar como o grande herói da noite.
Zola recebeu e carregou a bola para a esquerda. No confronto com seu marcador, ele viu a oportunidade de rolar para a entrada da área. Poyet é quem estava se infiltrando e seu chute foi suficiente para dar números finais na partida histórica. Como destaca o texto no site da Uefa, o “segundo troféu europeu no espaço de três meses”.
Um Chelsea que entrou para a história
Esse elenco do Chelsea teve grande relevância no final da década de 1990. A conquista da Supercopa de 1998 foi o auge de um período dourado. Nos pouco mais de dois anos e meio em que Vialli esteve comandando o Chelsea, foram cinco títulos conquistados.
O elenco teve uma importância tão grande que diversos jogadores são destacados pelo clube como tendo sido chave para a história do lado azul de Londres. Sendo algum deles: Roberto Di Matteo, Marcel Desailly, Tore Andre Flo, Ed de Goey, Graeme Le Saux, Eddie Newton, Gustavo Poyet, Dennis Wise e Gianfranco Zola.
Além disso, Di Matteo e Newton ainda chegaram a ter outro papel de relevância no Chelsea, estando ambos na comissão técnica campeã da Champions League em 2012.
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Ficha técnica:
Chelsea: De Goey; Ferrer, Desailly, Leboeuf, Le Saux; Duberry, Wise, Di Matteo, Babayaro; Zola e Casiraghi. Técnico: Gianluca Vialli.
Real Madrid: Illgner; Panucci, Hierro, Sanchis, Roberto Carlos; Seedorf, Redondo; Karembeu, Sávio; Mijatovic, Raúl. Técnico: Guus Hiddink.
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