Com a mudança de proprietário no último verão, forçado pelas sanções do governo do Reino Unido a Roman Abramovic, por suas conexões com Vladmir Putin e a invasão russa na Ucrânia, Todd Boehly assumiu o Chelsea. Desde a chegada do novo dono, o técnico campeão europeu Thomas Tuchel foi demitido, Graham Potter foi contratado para o seu lugar e uma enorme quantia de dinheiro foi gasta em contratações.
Ao total, o Chelsea gastou 532 milhões de euros em contratações na última janela de transferências. Veja os jogadores e os valores:
- Enzo Fernandez – 120 milhões de euros (R$ 668,4 milhões)
- Fofana – 80 milhões de euros (R$ 445,6 milhões)
- Mudryk – 70 milhões de euros (R$ 389,9 milhões)
- Cucurella – 65 milhões de euros (R$ 362 milhões)
- Sterling – 56 milhões de euros (R$ 311,92 milhões)
- Badiashile – 38 milhões de euros (R$ 211,66 milhões)
- Koulibaly – 38 milhões de euros (R$ 211,66 milhões)
- Mudeke – 35 milhões de euros (R$ 194,95 milhões)
- Malo Gusto – 30 milhões de euros (R$ 167,1 milhões)
Somando todos esses gastos, é improvável que o Chelsea tenha lucros nesta temporada, o que pode gerar em sérias consequências para o clube. De acordo com a análise do site “Football Insider“, o time de Stamford Bridge teve as piores perdas financeiras da liga pelo segundo ano consecutivo.
O déficit do Chelsea em 2021-22 totalizou 121 milhões de libras (R$ 764,3 milhões), menos que na temporada anterior em que foram perdidas 145,6 milhões de libras (R$ 919,72 milhões) em meio a pandemia.
As regras financeiras da Premier League preveem uma perda máxima de 120 milhões de euros (R$ 668,4 milhões) nas últimas três temporadas. Portanto, o Chelsea está prestes a infringir a norma da liga e pode ser investigado, assim como ocorre com o Everton, com a possibilidade de perda de pontos na tabela como punição.
Portanto, os Blues terão que abandonar os grandes gastos e começar a vender. A possível saída de Mason Mount é a mais falada pela imprensa, mas não é a única. Reece James, segundo jogador mais valioso do Chelsea, com 70 milhões de euros (R$ 389,9 milhões), interessa ao Real Madrid.
Além de James, o Real Madrid também estaria interessado em outro jogador do Chelsea, Kai Harvertz. O clube merengue já demonstrava interesse no atleta ainda quando ele atuava pelo Bayer Leverkusen, mas a pandemia acabou impedindo qualquer negociação.
Outras soluções ao Chelsea
O Chelsea solicitará a isenção das regras fiscais da Premier League por causa dos três meses de receita que perderam enquanto o ex-proprietário Roman Abramovic foi sancionado em março do ano passado. Nesse período, os Blues também ficaram impossibilitados de negociar novos acordos comerciais ou contrato de jogadores. Patrocinadores como a rede telefôncia Three e a montadora de carros Hyundai suspenderam seus contratos durante esse período.
Da mesma maneira, o Chelsea não conseguiu negociar uma renovação de contrato com o zagueiro Antonio Rüdiger, que acabou saindo de graça ao fim da temporada para o Real Madrid.
Enquanto isso, a Premier League encaminhou o Everton – que registrou perdas de 371,8 milhões de libras (R$ 2,38 bilhões) nos últimos três anos – a uma comissão independente por uma suposta violação, que pode levar a uma multa, dedução de pontos, embargo de transferência ou limite de gastos.
Prazo perto do fim
Seis clubes ainda não divulgaram suas contas – Everton, Leeds United, Newcastle United, Southampton, Fulham e Nottingham Forest. O prazo é até a próxima sexta-feira (31) e é provável que todos os clubes tenham registrado prejuízos.
O Manchester United e o Leicester tiveram perdas próximas das do Chelsea, com 115 milhões de libras (R$ 726,83 milhões) e 92 milhões de libras (R$ 581,4 milhões), respectivamente. Enquanto isso, o Manchester City tem o maior lucro da Premier League: 41,7 milhões de libras (R$ 263,46).