O lateral-esquerdo do Chelsea Marc Cucurella tem sido um dos grandes destaques de toda a Eurocopa. Finalista, vai enfrentar alguns rostos conhecidos na final contra a Inglaterra.
Em entrevista ao site inglês “The Athletic” antes do confronto deste domingo (14), o jogador dos Blues comentou sobre as críticas que tanto ele quanto seus companheiros têm recebido e se defendeu.
Tempos difíceis no Chelsea não são culpa de Cucurella
Durante a entrevista, o lateral lembrou como sua carreira vinha em evolução constante, mas que foi freada em 2022, justamente quando chegou em Stamford Bridge.
— Até o verão de 2022, minha carreira no futebol tinha sido ótima: uma progressão constante, sempre para cima, sem contratempos. Então cheguei a um clube onde as expectativas eram muito, muito altas — começou.
Estar nos Blues significou deixar de lado uma vida onde cada ponto era comemorado e vitórias eram algo muito especial. Segundo ele, não havia tempo para se divertir, apenas vencer.
— Isso era algo que eu esperava. Mas então, naquela primeira temporada, tivemos várias mudanças de treinador… muitas coisas aconteceram no clube. Tudo se combinou e foi a tempestade perfeita.
A situação individual do jogador também era delicada. Passou os primeiros meses morando em um hotel com a família e, quando encontrou um novo lar, teve a casa invadida por ladrões.
— Depois disso, passei dois dias internado no hospital por causa de um vírus. PeSrdi muito peso e tive que começar do zero para entrar em forma novamente. Não foi fácil voltar. A equipe também não conseguia encontrar o caminho em campo — admitiu.
— Se o dinheiro tivesse ido direto para o meu bolso, talvez fosse justo — brincou o espanhol.
Bastidores de Cole Palmer e futuro melhor
Para o espanhol, Cole Palmer é o jogador da seleção inglesa mais difícil de marcar. O jovem astro dos Blues pouco jogou na Euro, o que gerou reclamação de torcedores — e cutucada até do próprio rival.
— Não jogou muito na Euro 2024, mas tem que ser Cole Palmer (o mais difícil). Sua cabeça funciona tão rápido, ele está sempre um passo à frente dos outros. Sua tomada de decisão é quase sempre excelente, e esse tipo de inteligência é a coisa mais difícil de se defender.
Segundo o lateral, Palmer lembra muito Lamine Yamal, por ser “um jogador que não leva a vida muito a sério”. Ele lembrou como o meia chegou em um momento conturbado e mostrou felicidade pelo sucesso do jovem companheiro.
E apesar de revelar grande surpresa com a demissão de Mauricio Pochettino depois de uma sequência de seis vitórias para fechar a temporada da Premier League, o jogador está animado para o futuro com Enzo Maresca.
— Ele me mandou uma mensagem há alguns dias. O sentimento é bom, tudo parece empolgante, então estou ansioso por isso. Algumas pessoas do Chelsea também me procuraram durante a Euro. Eu senti que nossos companheiros também estão muito felizes.
O lateral reforça que o time um grupo de jogadores similar ao da temporada passada e que o futebol depende muito das relações entre companheiros e treinadores. “Se você tem um companheiro com quem se dá bem e se conhece, isso tem impacto em campo”, finalizou.