O bilionário russo Roman Abramovich sumiu dos holofotes desde que foi sancionado por conta de seus vínculos com o presidente russo, Vladmir Putin, e obrigado a vender o Chelsea, em maio do ano passado.
De acordo com a imprensa britânica, o empresário mora numa mansão de 20 milhões de libras (R$ 122,872 milhões) em Istambul, cidade que sediou a final da Champions League, pagando 40 mil libras (mais de R$ 245 mil) por mês de aluguel.
Segundo o “Mirror”, Abramovich mora em um bairro rico de Istambul, chamado Anadolu Hisari. Sua casa tem vista para o Estreito de Bósforo, que liga o mar Negro ao mar de Mármara e marca o limite dos continentes asiático e europeu na Turquia.
A imprensa britânica informou que o ex-proprietário do Chelsea paga aluguel de sua nova casa para uma figura proeminente do mercado de ações, Ahmet Okumus. Entretanto, a vida de Abramovich em Istambul é um mistério. Portais turcos relatam ter levantado um drone perto da residência em dezembro para olhar o bilionário, mas não encontraram o empresário. Segundo a imprensa europeia, os residentes do bairro ficam em silêncio quando são questionados sobre o ex-dono dos Blues.
Entretanto, o dinheiro russo na Turquia não é algo novo. O Instituto Estatístico Turco mostra que os russos fizeram mais de 16.300 empreendimentos imobiliários em 2022, contra 5.300 em 2021. É um aumento de quase 70% no período.
O oligarca russo não trabalha com mais nenhum empreendimento esportivo desde que vendeu o Chelsea. Abramovich comprou o clube londrino em 2003 e o vendeu em março do ano passado, dias depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. O bilionário russo transformou a história do Chelsea, com um investimento superior a 1,5 bilhão (R$ 9,2 bilhões), elevando o time de Stamford Bridge de patamar na Europa.
Com Abramovich, o Chelsea os momentos mais gloriosos de sua história, conquistando:
- 2 títulos de Champions League (2011-12 e 2020-21)
- 2 títulos de Europa League (2012–13 e 2018–19)
- 1 Supercopa da Uefa (2021)
- 5 títulos de Premier League (2004-05, 2005–06, 2009–10, 2014–15 e 2016–17)
- 5 títulos de Copa da Inglaterra (2006–07, 2008–09, 2009–10, 2011–12 e 2017–18)
- 3 títulos de Copa da Liga Inglesa (2004–05, 2006–07 e 2014–15)
- 2 títulos de Supercopa da Inglaterra (2005 e 2009)
Chelsea: nova gestão, mesmas ideias
Desde que assumiu o Chelsea, o americano Todd Boehly não mudou a filosofia do clube de gastar muito dinheiro em contratações. Na janela de transferências do meio da temporada, os Blues quebraram o recorde do Barcelona de 2017-18 e se tornaram o time que mais gastou em um ano, investindo 500 milhões de libras (R$ 3 bilhões) em cinco jogadores:
- Enzo Fernández (Benfica): 120 milhões de euros (R$ 661,29 milhões)
- Mykhailo Mudryk (Shakhtar Donetsk): 70 milhões de euros (R$ 386 milhões)
- Benoit Badiashile (Monaco): 38 milhões de euros (R$ 214,7 milhões)
- Noni Madueke (PSV): 35 milhões de euros (R$ 198 milhões)
- Malo Gusto (Lyon): 30 milhões de euros (R$ 166 milhões)
Mesmo com tanto dinheiro investido, o Chelsea terminou a temporada com sua pior campanha de Premier League no século, na 12ª posição. O principal fator que explica o péssimo rendimento dos Blues é a troca de treinador. A má campanha da equipe comandada pelo técnico Graham Potter culminou na demissão do comandante. Frank Lampard assumiu como interino para terminar a temporada e os resultados continuaram ruins, com apenas uma vitória, dois empates, oito derrotas e apenas cinco pontos somados em 11 partidas.
Para 2023-24, o Chelsea tenta uma nova postura, sendo mais vendedor do que comprador, pensando principalmente nas normas de fair play financeiro da Premier League, e com Mauricio Pochettino no comando técnico.