O grande momento de duas vidas. O Manchester City venceu a Inter de Milão por 1 a 0 neste sábado (10), no Estádio Olímpico Atatürk, em Istambul, na Turquia, e conquistou o primeiro título de Champions League de sua história. É o ápice do clube fundado em 1894, há 129 anos, e do projeto dos Emirados Árabes iniciado há 15 anos. O gol marcado por Rodri, no segundo tempo, e o milagre de Ederson, já nos minutos finais, ajudaram o clube inglês a conquistar a tríplice coroa – que inclui os títulos da Premier League e da FA Cup na temporada.
Finalizado
1
-0
Man City - Inter Milan
UEFA Liga dos Campeões - Atatürk Olympic Stadium
1° Turno
Primeiro tempo: Inter de Milão fez o que melhor sabe
A Inter de Milão fez o que sempre fez nos momentos decisivos de Champions League: lembrou-se que o jogo tem, pelo menos, 90 minutos. No primeiro tempo, Lautaro Martínez e Barella lideraram a linha de defesa adiantada do Manchester City – que nos primeiros minutos, ficou nitidamente desconfortável: Ederson e zagueiros do time inglês cometeram erros na saída de bola.
Quando o City vencia as primeiras linhas italianas, a compactação na área defensiva isolou Erling Haaland. Mas, apesar os artifícios da Inter de Milão, foi do norueguês a melhor chance do primeiro tempo. Na única vez que receber com algum espaço na grande área, adiantou pela esquerda e soltou a bomba de perna canhota, a boa, mas o chute explodiu em Onana – que defendeu com o peito, como um goleiro de futsal.
Segundo tempo: Lukaku fez o possível, mas brasileiro foi quem entrou para a história
No segundo tempo, o tom da partida não foi lá muito diferente. Até a chapada de Rodri e o gol mais importante da história do Manchester City. Dali em diante, o time italiano, é claro, abandonou a postura conservadora e se lançou ao ataque, liderado por Romelu Lukaku. Do belga, saíram as duas melhores chances da Inter. Na mais cristalina delas, uma cabeçada da pequena área, Ederson fez a defesa de sua carreira.
Manchester City x Inter de Milão: os destaques do jogo
Stones – 7,0
“Muito prazer, agora é meio-campista John Stones”. A frase poderia ter saído da boca do jogador inglês após a final em Istambul. Não há mais dúvidas, a metamorfose está completa. Com a lesão de De Bruyne no primeiro tempo e a atuação apagada de Ilkay Gündogan, o camisa 5 do Manchester City foi a principal peça do meio-campo dos Citizens. Foi ele quem mais correu, marcou e conduziu o jogo do City pelo setor. Mas claro, nas mãos de Pep Guardiola, nada é definitivo. A qualquer momento, Stones pode voltar para o casulo e se transformar antes de bater asas mais uma vez.
Rodri – 8,5
‘Trabalhe em silêncio’. Na vida comum, a máxima entoada por “coaches” do mercado tem problemas. Mas em campo, ela é a representação perfeita do que faz o meio-campista espanhol. Sem badalação, é um dos melhores jogadores do mundo na temporada considerando todas as posições. O gol na final é apenas um detalhe na temporada na temporada de Rodri. O detalhe mais importante deles, claro. A chapa do pé, tão especialista em passes e lançamentos milimétricos, dessa vez foi o instrumento do gol mais importante da história do Manchester City.
Ederson – 9,0
Debaixo gol, Ederson sempre teve seus problemas. Mas não hoje. Em um jogo que não permitiu a Ederson mostrar as qualidades de seu jogo com os pés, foi a segurança debaixo das traves que transformou o goleiro em um personagem importante da final da Champions League em Istambul. Uma saída aos pés de Lautaro Martínez e o milagre, a defesa mais importante da história do Manchester City, numa cabeçada à queima roupa de Lukaku, transformaram o brasileiro em herói.