O que esperar do Aston Villa para o restante da PL 2019/2020

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De volta à elite após três temporadas na Championship, o Aston Villa luta contra um cenário desastroso na Premier League 2019/2020, edição em que investiu mais de 150 milhões de euros em contratações. Agora, restam 10 partidas para evitar o rebaixamento e salvar a temporada.

O Aston Villa antes da parada

O Aston Villa finalizou o mês de janeiro em alta: valente empate com o Brighton e heroica vitória sobre o Watford, dando fôlego na Premier League, além de classificação marcante, sobre o Leicester, à final da Copa da Liga, o ponto mais alto dos Villans na temporada. Contudo, a boa fase durou pouco.

Foram cinco derrotas nas cinco partidas seguintes. Revezes frustrantes para Manchester City, na final da copa nacional, e Tottenham, nos acréscimos, e perdas capitais para Bournemouth e Southampton. Para piorar, 40 dias após a grande vitória sobre o Leicester, a palpável reação do início de 2020 foi de vez esquecida, em 4 a 0 acachapante para os Foxes.

Esse cenário levou o Villa à penúltima colocação, embora o clube tenha uma partida a mais a ser disputada, válida pela 28ª rodada, contra o Sheffield United. Assim, uma vitória no dia 17 faria o time ultrapassar Bournemouth, Watford e West Ham, chegando à 16ª posição – um alento valioso para quem tem uma tabela tão complicada.

Das demais nove rodadas restantes, apenas um confronto direto, contra o West Ham. E, além dos Blades, ainda enfrentam outras cinco equipes do pelotão principal: Chelsea, Wolverhampton, Liverpool, Manchester United e Arsenal. Um indicativo muito preocupante, já que das oito partidas contra os clubes do Big Six na liga, foram sete derrotas.

Aliás, esses resultados revelam um aspecto determinante para o cenário do Aston Villa: falta de confiança e instabilidade em momentos de pressão. O clube saiu na frente em cinco desses grandes jogos e em quatro deles sofreu a derrota nos minutos finais – para Liverpool, Arsenal e Tottenham duas vezes.

O que esperar do Aston Villa para o restante da temporada 2019/2020

Aston villa 2019 2020
ADRIAN DENNIS/AFP via Getty Images

Parte da nova realidade, os estádios vazios podem até vir a ser um fator favorável. A atmosfera do Villa Park obviamente será sentida, mas a ausência de torcedores nos jogos fora de casa pode trazer uma mudança ainda mais impactante. Nas condições normais, foram apenas oito pontos como visitante.

Pensando numa pontuação segura em relação aos últimos anos, o Aston Villa precisaria de 13 pontos nas próximas 10 partidas, um aproveitamento próximo de 43%, semelhante, por exemplo, ao que tem o Crystal Palace na atual edição. E uma vitória nos próximos dois jogos, contra Sheffield ou Chelsea, seria crucial para dar outros rumos à temporada.

Para isso, a defesa mais vazada do campeonato (56 gols) deve sofrer uma alteração. Enquanto Tom Heaton se recupera de lesão, Pepe Reina pode dar lugar a Orjan Nyland, que foi bem nas poucas oportunidades que teve na temporada. Já o goleiro espanhol, emprestado pelo Milan desde janeiro, deixou uma imagem negativa na goleada para o Leicester.

Aliás, em jogo-treino, o clube voltou a enfrentar os Foxes. E sinais bastante positivos. O mais importante deles é o retorno de John McGinn. Lesionado desde dezembro, o escocês teve grande início de temporada e era titular absoluto no meio-campo de Dean Smith. No ataque, Wesley continua fora e Keinan Davis está recuperado, mas a posição deve ser de Mbwana Samatta.

A grande certeza segue sendo Jack Grealish. É pelo camisa 10, que passa, e muito, a permanência da equipe na elite. Na última temporada, liderou uma improvável sequência de 10 vitórias que trouxe o clube  à Premier League. Agora, a 10 partidas do fim do campeonato, é sobre o capitão que recai a expectativa de uma nova reviravolta; e a esperança de luta até o final.

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Rafael Moro Brandão
Rafael Moro Brandão

Estudante de Direito na Universidade de São Paulo. Fanático por futebol e apaixonado pelas histórias que o esporte proporciona.