Vamos dar continuidade a nossa série especial de matérias sobre os 23 convocados da Inglaterra para a Copa do Mundo 2018! Vem com a gente que o papo de hoje é sobre Ashley Young!
Amizade inesperada na infância de Ashley Young
Ashley Simon Young nasceu em Stevenage, uma cidade que fica ao norte de Londres, no dia 9 de julho de 1985.
Filho de pai e mãe jamaicanos, assim como grande parte da seleção inglesa, o lateral esquerdo tem um irmão mais novo chamado Martin Young.
Embora, Ashley nunca tenha atuado em times da cidade, o pai e o segundo filho torcem para times de Londres – Tottenham e Arsenal, respectivamente.
Ashley Young, durante toda sua infância, frequentou a escola John Henry Newman, localizado na cidade onde Young nasceu. Lá, já gostava de praticar o esporte que, no futuro, seria seu “ganha-pão”.
Para isso, ele tinha um companheiro que hoje é, no mínimo, curioso. O jogador inglês é amigo de infância de Lewis Hamilton, piloto da Fórmula 1. Eles eram do mesmo ano escolar.
“Eu era mais forte, mais alto e mais rápido do que Ashley Young, mas ele era mais habilidoso. Ainda assim, eu era mais competitivo”, disse Hamilton a uma entrevista para o “The Guardian”, assumindo que, caso não fosse piloto, teria um futuro no futebol – de preferência no Arsenal, seu time de coração.
O começo de Ashley Young
Ashley entrou para as categorias de base do Watford com 10 anos, em 1995. Em 2001, recebeu a notificação que o clube não daria mais a bolsa integral para treinar no time a ele, ou seja, o jogador com 16 anos deveria procurar um novo time.
Ele não desistiu, e insistiu para continuar no clube, buscando mostrar a todos que ainda poderia jogar bem pelo time.Em 2003, após atuar nas equipes sub-18 e 21, chamou atenção do treinador e teve sua primeira participação em um jogo profissional, marcando contra o Millwall.
Com 21 anos, ele deixou o clube que o formou com 105 partidas, 21 gols, 10 assistências, 1 prêmio de melhor jogador jovem do Watford, além de ter estado na equipe do ano da Championship de 2005/06.
Melhor fase da carreira
O clube era o Aston Villa, depois de um bom primeiro semestre de Premier League em 2006/07. O jogador chamou a atenção de outros clubes, como o West Ham, que teria acertado um valor de 10 milhões de libras com os empresários e o Watford, mas fora recusado pelo atleta.
A transferência ao Aston Villa foi a mais cara da história do clube, na época. Ele era uma das maiores promessas do futebol inglês, e logo retribuiu o esforço do time pela sua contratação.
Marcou novamente na estreia, contra o Newcastle e teve bom primeiro semestre no time.
Na temporada 2007/08, teve uma nova ótima temporada. Foi o segundo líder em assistências, com 17, ficando atrás apenas de Cesc Fàbregas, que ainda atuava no Arsenal.
Além disso, foi eleito diversas vezes como Jogador da Partida, durante seu tempo de Aston Villa. Todas as vezes que recebeu o prêmio de melhor jogador do mês foi atuando pelo clube – em abril, setembro e dezembro de 2008.
Por duas vezes consecutivas, em 2007/08 e 08/09 esteve entre os 11 melhores jogadores da Premier League no prêmio dado pela PFA para a equipe da temporada. Na última ainda foi eleito melhor jogador jovem da competição.
Em geral, foram 190 partidas, marcando 37 vezes e dando 59 assistências na sua melhor fase da carreira como atleta profissional, até chegar aos Red Devils.
Polivalência em um time grande
Usando camisa 18, lendário número de Paul Scholes, o inglês estreou no dérbi contra o Manchester City. Com uma assistência, viu seu time vencer o jogo e ser campeão da Supercopa da Inglaterra.
Seus primeiros jogos foram excelentes. Com gols, assistências e muita garra, o jogador foi encantando os torcedores dos Red Devils.
Aos poucos, foi se tornando um lateral na equipe. O até então ponta foi utilizado como um ala-direito por Van Gaal em seu 3-5-2, em 2014/15, primeira temporada do treinador holandês em Old Trafford.
Já com Mourinho, foram 61 partidas em duas temporadas, sendo que na primeira não teve tantas chances com o treinador, embora na segunda tenha jogado quase todos os jogos da Premier League.
Além disso, Ashley Young, que passou a ser lateral, teve sua primeira oportunidade em ser capitão de um clube, sob o comando do Special One, algo importante para demonstrar a sua força dentro do elenco.
Nesta temporada, foram 23 jogos como lateral esquerdo, 3 na mesma posição à direita, além de 7 partidas no meio campo em lados alternados, mostrando toda polivalência que poderá auxiliar Southgate rumo ao bicampeonato mundial.
Experiência nova
A Inglaterra vive uma renovação em seu elenco. Dos 23 nomes da lista de convocados para a Copa da Rússia, apenas 5 deles já participaram de um mundial – Cahill, Jones, Welbeck, Sterling e Henderson estiveram apenas em 2014, aqui no Brasil.
Um dos “novatos” é o Ashley Young. Diferente do que diz o seu nome, o jogador do Manchester United é o atleta mais velho da lista de Southgate.
Apesar de ter jogado sua primeira partida com a camisa da seleção em 2007 – e ter sido titular na Euro-2012 pela equipe –, o atualmente lateral esquerdo nunca foi nomeado para disputar uma competição mundial.
Mas é claro que, com todo o histórico da sua carreira brilhante, ele terá a experiência que alguns jovens, como Stones, Loftus-Cheek, Rashford e Nick Pope, podem não ter para tomar decisões durante o mundial – e a Inglaterra precisa disso.