Climão? De volta ao Arsenal após empréstimo, atacante critica ‘falsas promessas’ de Arteta

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O início do mês de julho marca muitas movimentações no mercado da bola, incluindo o retorno de jogadores emprestados aos seus clubes de origem. É o caso de Nicolas Pépé, que retorna ao Arsenal depois de um ano no Nice. O atacante não rendeu o esperado no Emirates Stadium e citou “falsas promessas” de Mikel Arteta no processo, além de “cutucar” o brasileiro Willian.

Pépé se tornou a contratação mais cara dos Gunners em 2019, quando foi comprado do Lille por 72 milhões de libras (R$ 305 milhões na cotação da época). No entanto, foram apenas 16 gols na Premier League em seus três primeiros anos no clube.

Ele teve mais sequência no Nice: foi titular em 17 das 19 rodadas da Ligue 1 que disputou e marcou seis gols. Relembrando seus tempos em Londres, o atacante criticou certas atitudes de Arteta acerca da relação que os dois tinham.

“Falsas promessas” de Arteta no Arsenal

O ponta chegou com 24 anos no Emirates, em julho de 2019. O atual técnico dos Gunners assumiu em dezembro do mesmo ano, depois da demissão de Unai Emery. Desde então, o tempo de jogo do marfinense diminuiu. Segundo ele, Arteta o considerava um jogador importante.

— Quando ele falou comigo, ele disse que contava comigo, que queria que eu fizesse isso ou aquilo, e você tem que se concentrar nisso. Ele me melhorou em todos os sentidos. Ele conversava comigo o tempo todo, eu assistia vídeos com os assistentes dele o tempo todo. Ele realmente acreditava em mim – disse em entrevista ao canal francês “Colinterview”.

Pepe Arsenal Arteta
Pépé em ação pelo Arsenal – Icon sport

No entanto, o discurso de Arteta não se consolidou com o tempo. Pépé revela que “estava ficando louco” porque o treinador “disse que tinha um potencial incrível” e que deu conselhos para ele, mas acabou sendo reserva na sua segunda temporada.

— Como eu poderia ser reserva quando ele disse que contava comigo? Tudo está girando na sua cabeça. Eu era reserva. Foi na época em que contrataram o Willian. Ele é um camisa 10 ou até um ponta. Mas ele jogou na ponta por umas 11 ou 12 partidas seguidas – revelou o atacante.

Mesmo com os problemas, o jogador afirmou que Arteta o ajudou a melhorar como atleta, mas seus estilos eram diferentes. “Ele sabia que meu estilo de jogo não era esperar com a posse de bola, era cortar para dentro, não era ficar esperando na ponta direita. Antes, eu tinha um pouco mais de liberdade”, afirmou Pépé.

Guilherme Ramos
Guilherme Ramos

Jornalista pela UNESP. Escrevi um livro sobre tática no futebol e sou repórter da PL Brasil. Já passei por Total Football Analysis, Esporte News Mundo, Jumper Brasil e TechTudo.

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