O bilionário russo Roman Abramovich anunciou, neste sábado (26), que deixará o cargo do Chelsea FC. Desde 2003 investia 2 milhões de libras, em 20 anos. Ademais, nos blues, foi campeão de todas as taças que tinha que conquistar: Premier League, Copa Inglesa, Copa da Inglaterra, Liga dos Campeões, Supercopa da UEFA, Europa League e Mundial de Clubes. No entanto, em nota, o bilionário afirmou que a decisão bombástica de deixar o clube londrino, não tinha nada haver com a guerra da Rússia e Ucrânia.
Nota divulgada pelo Chelsea
“Durante meus quase 20 anos de posse do Chelsea FC, sempre considerei meu papel como guardião do clube, cujo trabalho é garantir que sejamos tão bem-sucedidos quanto podemos ser hoje, bem como construir para o futuro, ao mesmo tempo desempenhando um papel positivo em nossas comunidades. Sempre tomei decisões com o melhor interesse do clube no coração. Continuo comprometido com esses valores. É por isso que hoje estou dando aos curadores da Fundação de caridade do Chelsea a administração e os cuidados do Chelsea FC. Acredito que atualmente eles estão na melhor posição para cuidar dos interesses do Clube, jogadores, funcionários e torcedores”, diz a nota publicada no site oficial do Chelsea.
Pressão política e envolvimento com Putin
Porém, apesar da decisão, Roman Abramovich continua dono do clube. Existia muita pressão sobre ele depois da autorização de Vladimir Putin, de atacar o país ucraniano. Justamente, por ter uma forte ligação com o presidente russo. Com investimento de 100 milhões de libras (o equivalente a R$ 685,4 milhões, na cotação atual), o oligarca transformou o clube inglês. Neste período, investiu mais de 2 bilhões de libras (R$ 13,7 bilhões), fazendo o clube de Stamford Brigde se transformar em uma potência.
Abramovich, era um comerciante que em 1991, foi apresentado para Boris Yeltsin (Presidente da Rússia na época. Desde então, juntamente com Berezovsky, foi responsável pela criação de 20 empresas das mais diversas áreas. Assim sendo, foi ele quem teria convencido Yeltsin a fazer de Vladimir Putin, o seu sucessor, em 1999. Por fim, poucos dias antes de deixar o clube, um membro do Parlamento britânico exigir que o magnata abrisse mão do controle do Chelsea.