O Liverpool sofreu nas últimas temporadas com a lateral esquerda. Alberto Moreno e José Enrique colecionaram críticas e desconfianças dos torcedores em Anfield. Contratado nesta temporada, Andrew Robertson parece ter acabado com toda desconfiança.
A chegada de Robertson não foi totalmente aceita pela torcida. Por ter vindo de um time rebaixado uma temporada antes, o nome do escocês foi rejeitado por alguns Reds.
O início de Andrew Robertson
Em suas primeiras partidas, o futebol que chamou a atenção de Klopp enquanto atuava sob o comando do português Marco Silva pelo Hull City na temporada anterior apareceu.
Apesar de ter sido reserva em alguns jogos para o Moreno, ao decorrer dos jogos, ele foi ganhando espaço. Sua primeira oportunidade foi na vitória contra o Crystal Palace, válido pela segunda rodada da Premier League.
O lateral esquerdo confirmou sua titularidade durante dezembro de 2017. Ele participou de todos os jogos do Liverpool na Premier League, mas ainda foi reserva para Alberto Moreno na partida contra o Sevilla, na Liga dos Campeões.
Entretanto, os seus desempenhos já mostravam que o escocês estava pedindo passagem. Aliás, esse termo pode ser utilizado também quando analisamos taticamente os lances ofensivos de Andrew Robertson.
Ultrapassagens e chegada ao ataque
Suas ultrapassagens são ótimas válvulas de escape para o Liverpool. Ele costuma passar a bola inteligentemente para que o companheiro a devolva, tornando possível a sua infiltração entre os defensores.
Preocupados com as atuações do trio ofensivo da equipe e com boas chegadas dos meias, os adversários acabam deixando espaço na esquerda – alguns deixados também a partir da inteligência de Sadio Mané, ao puxar a marcação do lateral direito -, onde Andy aproveita para chegar à frente.
Andrew Robertson é extremamente inteligente. Sabe bem quando e como passar a bola para o companheiro, além de ver, pensando num ato futuro, os espaços livres no campo, seja para ele os utilizar ou outro atleta dos Reds.
O lateral foi bem em quase todos jogos na temporada. Mas dois deles merecem uma atenção maior pela importância de cada um para os resultados do time durante o ano.
Nas partidas contra o arquirrival Everton e o Manchester City, pela FA Cup e Premier League, respectivamente. Já que foram em seguidas, aquela semana seria para pôr em prova o time de Anfield – o time acabou vencendo as duas partidas em casa.
Juntando os números, o atleta mostrou que tem bom passe. Ele teve 83% de passes certos durantes os dois jogos.
O principal artefato que o jogador costuma usar – e bem – é o um contra um, seja ele ofensiva ou defensivamente.
Desarme e passe
E se ofensivamente ele mostra ser um dos melhores da Premier League na posição, defensivamente não deixa a desejar.
O escocês sabe bem a hora e como usar o corpo para bater o adversário, além de ter uma extrema velocidade que o ajuda a vencer o jogador rival na busca pela bola.
Só nesta temporada da Premier League, foram mais de 31 desarmes, sendo 1 como último homem, além de outras 49 vezes que o atleta conseguiu para o ataque, seja pelo chão, 33 vezes, ou pelo ar, nos outros 16 momentos.
O passe também é uma habilidade do jogador. Foram 1421 passes dados durante as suas 22 partidas no Campeonato Inglês. Com isso, é o sétimo maior passador do Liverpool.
Ele teve cinco assistências durante suas partidas na Premier League. Foi o sexto melhor na equipe neste quesito, ficando atrás apenas de Salah, Firmino, Coutinho, Mané e Chamberlain.
Andrew Robertson ainda terá mais uma partida nesta temporada, contra o Real Madrid na final da Liga dos Campeões da Europa neste sábado, mas já é possível concluir que o lateral é uma das melhores contratações em 2017/18 e claro, que vive sua melhor fase na carreira.