‘Insubstituível’: Como brasileiro se tornou peça-chave na Premier League com Vítor Pereira

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André trocou o Brasileirão pela Premier League em agosto do ano passado e vive sua primeira temporada coma camisa do Wolverhampton.

O brasileiro cresceu de produção desde a chegada do técnico Vítor Pereira e foi muito elogiado pelo site “The Athletic”.

“O jogador que parecia uma contratação desnecessária no início da temporada tornou-se insubstituível desde que Pereira assumiu o comando”, destacou a reportagem.

A evolução de André

O jovem que veio do Fluminense parecia uma contratação desnecessária pensando na qualidade do elenco no setor do meio-campo no início da temporada, mas acabou se tornando insubstituível desde que o comandante lusitano chegou ao Molineux.

No início da temporada, o meio-campo dos Wolves já contava com Mario Lemina, João Gomes, Doyle e Traore. André não era completamente necessário. Então, pagar inicialmente 18,5 milhões de libras foi algo surpreendente.

André em jogo do Wolverhampton na Premier League
André antes de jogo do Wolverhampton na Premier League. Foto: IMAGO

No entanto, Vítor Pereira tem mudado a forma de jogar do Wolverhampton.

O volante brasileiro fazia um trabalho semelhante no Fluminense de Fernando Diniz e é o homem que mantém a disciplina tática para garantir que o meio-campo nunca seja deixado desprotegido durante os momentos de pressão.

No sábado, o jovem foi muito elogiado por seu desempenho contra o Bournemouth, colocado como seu melhor jogo com a camisa dos Wolves, tanto ofensiva quanto defensivamente.

— Enquanto o novo treinador incentiva a sua equipe a pressionar mais alto e de forma mais agressiva, André é o homem que mantém a disciplina táctica para garantir que o centro do meio-campo nunca é deixado de lado — elogiou.

De fato, ele teve o maior envolvimento de qualquer jogador no jogo nas fases de construção, participando desse momento do jogo 22 vezes.

Vítor Pereira é o novo técnico do Wolverhampton
Vítor Pereira é o novo técnico do Wolverhampton. Foto: IMAGO

— Dei liberdade aos outros meio-campistas. André é o jogador que equilibra o espaço entre as linhas, jogando como um camisa 6. Ele se saiu muito bem — disse o treinador após o jogo.

O português, inclusive, revelou seu conhecimento prévio sobre o volante dos seus tempos treinando equipes no campeonato brasileiro.

— Conheço o André muito bem. Joguei contra ele no Brasil muitas vezes contra o Fluminense.

“Ele tem mais a oferecer do que o que vi hoje. Ele foi muito bem, mas é um jogador que tem confiança para mudar o jogo e encontrar os espaços no meio, do outro lado e nas costas da pressão“, completou.

Guilherme Ramos
Guilherme Ramos

Jornalista pela UNESP. Escrevi um livro sobre tática no futebol e sou repórter da PL Brasil. Já passei por Total Football Analysis, Esporte News Mundo, Jumper Brasil e TechTudo.

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