A seleção da África na era PL sem repetição de países

Já imaginou como seria a seleção ideal da África na era PL? Repleta de astros internacionais, a Premier League já foi palco de grandes futebolistas de todos os cantos do mundo. Isso porque, em três décadas, mais de 100 nacionalidades já estiveram representadas na liga. Nesse meio tempo, por lá passaram muitos craques, de todos os continentes.

Pensando nisso, a PL Brasil embarcou no exercício criativo de montar seleções continentais dos jogadores que já passaram pela PL. No geral, levamos em consideração relevância, destaque e período na liga.

11 jogadores, 11 países

O diferencial, sobretudo, é que adotamos como critério a não repetição de países nas seleções. Assim, a fim de imaginar uma seleção que realmente reflita o continente como um todo, cada nacionalidade é representada por, no máximo, um único atleta.

Com isso, contudo, é evidente que grandes personagens da Premier League ficaram de fora de nossas equipes. Até porque seguimos esquemas táticos lógicos, tentando simular fielmente uma escalação que desfilaria pelos gramados ingleses. Nesta seleção da África na era PL, não entrou, por exemplo, o ídolo marfinense Didier Drogba.

Para o continente africano, a formação escolhida foi o 3-4-3. Ao longo da equipe, estão representados África do Sul, Argélia, Camarões, Costa do Marfim, Egito, Gana, Mali, Senegal, Nigéria, Togo e Zimbábue. Mas será que você concorda com a nossa escalação?

Escalando a seleção da África na era PL sem repetição de países

Bruce Grobbelaar (Zimbábue)

Bruce Grobbelaar
Imago Images

Multicampeão pelo Liverpool na década de 1980, com direito a seis títulos de liga e uma copa europeia, Bruce Grobbelaar é o estrangeiro com mais jogos na história do clube.

E, apesar de ter tido seu auge antes do início da era Premier League, disputou 66 partidas na fase moderna do Campeonato Inglês, ao longo de quatro temporadas: duas pelos Reds e duas pelo Southampton. Nesse ínterim, obteve 14 clean sheets.

Laurén (Camarões)

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Vencedor do ouro olímpico e bicampeão da Taça das Nações pela seleção camaronesa, Laurén era titular no Arsenal dos Invencíveis. Naquela edição, inclusive, integrou a equipe ideal da PFA.

Bicampeão da Premier League pelos Gunners, foram 159 partidas da liga, ao longo de seis temporadas, com sete gols marcados. Depois disso, ainda disputaria mais 25 jogos na PL, pelo Portsmouth. No período, sagrou-se tetracampeão da Copa da Inglaterra.

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Lucas Radebe (África do Sul)

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Mary Evans Allstar/David Gadd – Imago Images

Ídolo da seleção sul-africana, pela qual capitão nas Copas do Mundo de 1998 e 2002, Lucas Radebe passou uma década no Leeds. Zagueiro, mas também lateral e volante, o defensor disputou nove edições de Premier League, totalizando 197 partidas.

Seu auge em Elland Road veio, sobretudo, entre as temporadas 1996/1997 e 1999/2000, quando titular absoluto dos Whites – e até sondado pelo Manchester United de Sir Alex Ferguson. Por fim, aposentou-se no clube em 2005, já na Championship.

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Djimi Traoré (Mali)

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Lateral esquerdo, Djimi Traoré disputou cinco temporadas de PL pelo Liverpool, entre 2000 e 2006. Destaque para as edições 2002/2003 e 2004/2005 – nesta, inclusive, titular da conquista da Liga dos Campeões.

Já na temporada 2006/2007, não mais em Anfield, atuou tanto por Charlton quanto por Portsmouth, somando 18 jogos. Ao todo, em seus anos de Inglaterra, foram 111 partidas na elite nacional.

John Obi Mikel (Nigéria)

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Salvio Calabrese/Imago Images

Atualmente capitão do Stoke City na segunda divisão, John Obi Mikel defendeu o Chelsea por mais de uma década. Entre 2006 e 2016, disputou 372 partidas pelos Blues, das quais 249 na Premier League.

Nesse ínterim, o nigeriano tornou-se jogador de confiança no meio-campo do Chelsea, extremamente importante mesmo quando não titular absoluto. Além de bicampeão da liga, conquistou Copa da Liga, Copa da Inglaterra, Liga dos Campeões e Liga Europa.

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Michael Essien (Gana)

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Contemporâneo de Obi Mikel no Chelsea, Essien chegou em Stamford Bridge em 2005, por 38 milhões de euros. Ficou em Londres até 2014, salvo breve período de empréstimo ao Real Madrid.

Apesar de contratado a peso de ouro, aos poucos perdeu a condição de titular absoluto, ainda que sem perder a importância no elenco. Pelos Blues, 168 jogos de PL, 17 gols e dois títulos.

Yaya Touré (Costa do Marfim)

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Ken Sparks/Imago Images

Símbolo da nova fase do Manchester City, Yaya Touré foi, sem dúvidas, um dos grandes pilares da reconstrução do clube. Com o status de ídolo e lenda, defendeu os Citizens entre 2010 e 2018, período em que eleito quatro vezes o melhor jogador de seu continente.

Na Premier League, além de tricampeão com os Citizens, esteve por dois anos na seleção ideal da PFA. Ao longo de suas oito temporadas na PL, quase todas de protagonismo, foram 230 partidas, 59 gols e 35 assistências.

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Riyad Mahrez (Argélia)

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Istvan Derencsenyi/Imago Images

Destaque absoluto da Premier League 2015/2016, o argelino esteve diretamente envolvido em 27 gols da equipe do Leicester naquele edição. E, além do título inglês, eleito pela PFA o melhor jogador da temporada.

Agora retomando o protagonismo no Manchester City, o argelino está perto de conquistar sua 3ª PL. Além disso, já ultrapassou a marca de 220 partidas na liga, com mais de 110 participações em gol.

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Mohamed Salah (Egito)

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Olixx Scarff/Imago Images

Jogador mais rápido a chegar a 50 gols pelo Liverpool na PL, Mohamed Salah foi duas vezes seguidas artilheiro da liga, nas temporadas 2017/2018 e 2018/2019 – na primeira delas, o craque do campeonato. Já na edição seguinte, enfim campeão pelos Reds.

Mas o egípcio, um dos melhores jogadores do mundo nos últimos anos, já havia feito parte de um elenco campeão inglês antes de Anfield: pelo Chelsea, em 2014/2015. Somando-se as duas trajetórias e, portanto, os dois títulos, são 149 jogos e 92 gols.

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Sadio Mané (Senegal)

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Tony Diask/Imago Images

Na Inglaterra desde 2014, Sadio Mané destacou-se no ótimo time do Southampton das temporadas 2014/2015 e 2015/2016, atingindo os dois dígitos na artilharia nas duas edições. Por isso, contratado pelo Liverpool por mais de 40 milhões de euros.

Em Anfield, a melhor fase de sua carreira. Artilheiro da PL 2018/2019 ao lado de Pierre Emerick Aubameyang e Salah, Mané foi eleito o futebolista africano de 2019. Hoje, após sete anos de Premier League, são mais de 220 partidas, 90 gols e 40 assistências.

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Emmanuel Adebayor (Togo)

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Maior jogador da história de Togo, tendo levado o país à sua única Copa do Mundo (2006), Adebayor passou uma década no futebol inglês. Entre 2006 e 2016, defendeu Arsenal, Manchester City, Tottenham e Crystal Palace.

Tendo vivido sua melhor fase nos Gunners, mas também com temporadas de artilheiro nos Citizens e nos Spurs, marcou incríveis 24 gols na edição 2007/2008 da PL. Ao todo, na liga, disputou 242 jogos e anotou 97 gols, além de autor de 36 assistências.

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Escalada no 4-3-3, nossa seleção da África na era PL é, portanto:

Bruce Grobbelaar (Zimbábue); Laurén (Camarões), Lucas Radebe (África do Sul), Djimi Traoré (Mali); John Obi Mikel (Nigéria), Michael Essien (Gana), Yaya Touré (Costa do Marfim), Riyad Mahrez (Argélia); Mohamed Salah (Egito), Sadio Mané (Senegal), Emmanuel Adebayor (Togo).

Afinal, o que achou da equipe? E pra você, qual seria a seleção ideal?

Rafael Moro Brandão
Rafael Moro Brandão

Estudante de Direito na Universidade de São Paulo. Fanático por futebol e apaixonado pelas histórias que o esporte proporciona.