Contratado a peso de ouro na temporada 2016/17 pelo Manchester City, Claudio Bravo chegou a Manchester com pompa de estrela. Experiente, técnico, orientador de defesas, pilar da seleção chilena, bicampeão da Copa América – em cima da Argentina de Messi e vitorioso com os títulos recentes, como o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e da grande ambição do City: a UEFA Champions League.
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O goleiro foi um pedido de Guardiola: um arqueiro que jogasse melhor com os pés. O City não teve muitas dificuldades para contar com o jogador. O chamado do técnico espanhol e a quantia de 18 milhões de Euros foram o bastante para que os dois clubes e o jogador chegassem em um acordo. A chegada de Bravo resultou na saída de Joe Hart, ídolo do clube à época.
Com todos os predicados já citados e pelo alto valor investido em um atleta dessa posição, não seria um exagero dizer que a passagem de Bravo no gol do City tem sido um fracasso.
O goleiro chegou a ser eleito por parte da imprensa europeia como uma das piores contratações da última temporada e, não à toa, a diretoria da equipe inglesa foi atrás do brasileiro Ederson, titular absoluto da posição.
Sem moral no clube, o calvário do arqueiro ainda aumentou quando a Seleção Chilena não se classificou para a Copa do Mundo do ano que vem e, como se não bastasse, a esposa do jogador deu declarações polêmicas em que dizia que a falta de comprometimento de alguns atletas tirou o Chile do Mundial.
A fala da companheira destruiu o respeito que o goleiro e capitão tinha perante a alguns jogadores-chave dessa geração chilena. Os conterrâneos o viam como um traidor e parte da imprensa do país chegou a noticiar que ele foi excluído do grupo de WhatsApp dos selecionáveis do Chile.
Apesar de todo esse sofrimento, a semana reservou um feixe de luz para Claudio Bravo. Na última terça-feira (24), o goleiro foi grande responsável pela classificação do Manchester City para as quartas de final da Copa da Liga Inglesa com importantes intervenções durante os 90 minutos, além de defender duas cobranças na decisão por pênaltis.
A grande atuação de terça serve de alento para o arqueiro chileno que vive dias difíceis em Manchester e, apesar de receber poucas oportunidades no time titular, se credencia à uma nova chance de reconquistar a confiança de Guardiola, da imprensa e da torcida Citizen.
Além disso, o último “man of the match” do time azul mostra seu valor para os demais clubes da Inglaterra e, até mesmo, de outros países, pensando em uma eventual transferência. Afinal de contas, quem não quer no plantel um goleiro com os títulos e os predicados citados no primeiro parágrafo.