7ª rodada da WSL: confira o resumo dos jogos da Women’s Super League

8 minutos de leitura

O fim de semana foi de sétima rodada da WSL! A Women's Super League viu neste fim de semana as vitórias das três líderes do campeonato, outro grande resultado do Manchester United e uma improvável virada do Reading. Confira!

Manchester United 4×0 Brighton 

O Manchester United venceu pela quarta vez nessa WSL, sendo o adversário da rodada o Brighton & Hove Albion. As Red Devils conseguiram explorar bem as laterais durante a partida e com isso aplicaram um placar de 4 a 0. Destaque para Leah Galton, que além de marcar duas vezes foi a pedra da chuteira das visitantes.

A partida teve seus primeiros minutos tranquilos, sem um frenesi desesperado para abrir o placar. O United tomou as rédeas da situação, mas não impunha um jogo enérgico apesar de estabelecer que jogaria com transições rápidas.

Mesmo sem demonstrar grandes pretensões o placar foi aberto cedo, ainda aos 10 minutos: falha da goleira Megan Walsh, que saiu errado e deu a oportunidade para Lauren James fazer o primeiro gol da partida. 

No gol que aconteceu aos 29, segundo do jogo, a inocência das Seagulls voltou a aparecer. Isso porque, em nova falha de saída de bola, a defesa ficou exposta para que Galton pudesse receber pela esquerda e enfim chutar firme para o fundo das redes. Foi a segunda participação da winger em gols, já que havia dado a assistência no primeiro tento.

Iniciada a segunda etapa, o clima permaneceu o mesmo. O United manteve o controle das ações sem pressa de finalização (em dados momentos deixava o Brighton jogar, mas este não criava reais chances). Enquanto isso as jogadas de infiltração em diagonal do Manchester ficavam cada vez mais agudas. Foi em uma dessas que o terceiro gol saiu, com a jogada se iniciando pela direita e sendo finalizada na esquerda por Galton. 

Katie Zelem marcou de pênalti para fechar o placar, aos 41 minutos. Ao fim da partida era possível ter a sensação de um jogo morno, em que o Man United conseguiu sem esforço golear um time inocente em suas ações. Depois de dois bons resultados, a equipe do Brighton volta a sentir o peso da possibilidade de ser rebaixada.

Leia mais: Arsenal Women e a conquista inédita da Champions League em 2007

Ficha Técnica:

Manchester United: Earps; Harris, Millie Turner, McNaus, Amy Turner; Zelem, Ladd; Galton (Sigsworth), Groenen (Toone), Hanson; James (Ross). Técnica: Casey Stoney

Brighton: Walsh; Gibbson, Le Tissier, Kerkdijk, Barton; Nildén (Iniabasi Umotog), Simpkins, Bowman, Whelan; Le Garrec, Green. Técnica: Hope Powell

Bristol City 0x5 Manchester City

Para seguir perto na briga pela liderança, o Manchester City precisava vencer o Bristol City fora de casa. E as Citizens não só ganharam, como golearam com autoridade.

Diferentemente do que o placar pode apontar, o primeiro tempo foi pouco movimentado. A única grande chance foi das visitantes, que logo marcaram: aos 21 da primeira etapa, Janine Beckie cruzou e Tessa Wullaert colocou para o fundo das redes.

No segundo tempo, o Man City dominou as ações com mais tranquilidade. Com o controle do meio de campo, as Citizens evitaram que as Robins crescessem na partida e foram para cima sem grandes problemas.

O 2 a 0 veio aos 20 minutos, com a artilheira Ellen White. Ela aproveitou o lançamento de Keira Walsh e completou para fazer seu segundo gol na atual edição da WSL, vindo em grande fase após voltar de lesão.

O tempo foi passando e aprecia que o placar ficaria mesmo desta forma. Mas nos últimos minutos, a equipe de Manchester apertou o ritmo e transformou o resultado em goleada. Começou com Pauline Bremer, que entrou no lugar de White e fez seu primeiro gol no jogo aos 39.

Três minutos depois, foi a vez de Caroline Weir acertar um belo chute sem chances para a boa goleira Sophie Baggaley e fazer 4 a 0. E aos 47 minutos, ainda deu tempo de Bremer fazer seu segundo gol na partida e fechar a conta: 5 a 0 para o Manchester City.

As Citizens chegaram à sexta vitória em sete jogos na WSL e, com 18 pontos, estão mais vivas do que nunca na briga pela ponta. Já o Bristol City estaciona nos três pontos e vê a ameaça de rebaixamento de perto.

Ficha técnica:

Bristol City: Baggaley; Allen (Evans), Matthews, Sargeant, Dykes; Brown, Humphrey, Wellings, Chance, Daniels; Robinson (Salmon). Técnica: Tanya Oxtoby.

Manchester City: Roebuck; Beckie, Houghton, Bonner, Stokes; Scott, Weir, Hemp (Park), Walsh; Wullaert (Stanway), White (Bremer). Técnico: Nick Cushing.

Everton 3×1 Tottenham

No duelo entre duas equipes de meio da tabela em Southport, o Everton chegou a campo com a chance de encostar no grupo das líderes, enquanto o Tottenham poderia igualar as rivais se vencesse. Mas as donas da casa se deram melhor.

A partida começou movimentada. Logo aos sete minutos, Molly Pike recebeu de frente e não perdoou, marcando o primeiro do Everton. Mas não demorou muito para o empate do Tottenham: aos 19, na dividida com a goleira Tinja-Riikka Korpela, Lucy Quinn ganhou e marcou o 1 a 1.

Só que as Toffees eram melhores na partida e transformaram rapidamente a superioridade em nova vantagem. Aos 26 minutos, Maeva Clemaron desviou o cruzamento de cabeça e a bola foi ao encontro de Anna Filbey. Gol contra da zagueira das Spurs, 2 a 1 no placar.

Leia mais: Manchester United Women, a grata surpresa do começo da temporada feminina na Inglaterra

O time do técnico Willie Kirk foi melhor durante todo o tempo e mostrou que mereceu sair de campo com a vitória. Com uma boa atuação defensiva, o Everton segurou o ímpeto das rivais e aproveitou a chance que teve na segunda etapa para matar o jogo.

Ela veio aos 17, com a meio campista Lucy Graham. Ela acertou um belo chute e não deu chances para a goleira Rebecca Spencer, marcando o 3 a 1 e dando números finais ao placar. As Toffees ainda mandaram bola na trave em seguida, mas não mexeram no marcador.

O Everton conquistou sua terceira vitória seguida e assumiu a quarta colocação da WSL. Já o Tottenham chegou ao segundo jogo sem vitórias e estacionou na sétima colocação.

Ficha técnica:

Everton: Korpela; Morgan, van Es, George, Turner; Pike, Graham, Kaagman; Magill, Clemaron, Kelly. Técnico: Willie Kirk.

Tottenham: Spencer; Schillaci, Filbey, Worm (Leon), Percival; Peplow, Furness, Green (Davison); Graham, Dean, Quinn (Ayane). Técnica: Karen Hills.

Arsenal 1×0 Liverpool

Vivianne Miedema marcou novamente para o Arsenal e garantiu a vitória sobre o Liverpool por 1 a 0. A atacante holandesa é uma das artilheiras da competição e foi novamente essencial para deixar seu clube na corrida pelo título da Women’s Super League

O confronto se iniciou com os dois clubes em momentos opostos. As Gunners buscam o bicampeonato e possuem em sua equipe algumas das melhores jogadoras do planeta, enquanto as Reds chegaram na lanterna, com um de 18 pontos conquistados. Mas mesmo em desvantagem situacional, as visitantes conseguiram crescer para cima das adversárias. 

Nos minutos iniciais o Liverpool não criou perigo de gol, mas manteve afastado de sua defesa o trio de ataque composto por Daniëlle van de Donk, Beth Mead e Vivianne Miedema. O Arsenal teve dificuldades na criação, e para abrir o placar, contou com uma transição veloz e um pouco de sorte. 

Aos 27 do primeiro tempo, Miedema recebeu de frente para o gol e bateu de direita para tirar de Anke Preuss. O detalhe está no fato de a bola ter tocado na defensora antes de chegar na holandesa, quase tendo sido cortada no detalhe. Foi este o único tento da partida.

O Liverpool manteve parte do controle no segundo tempo. As Reds tiveram maior posse (56%), mas chutaram apenas quatro vezes. A equipe ainda sofre com a criação ofensiva – não à toa marcou apenas uma vez em sete jogos.

Já o Arsenal teve maior volume ofensivo, conseguiu mais chances e não soube finalizar a partida (poderia ter tido uma vida mais tranquila e aumentar seu saldo de gols). A vitória lhe rendeu 3 pontos importantes, mas poderá ser cobrada mais tarde no quesito de desempate – como acontece hoje contra o Manchester City. O Liverpool por sua vez, segue afundado na lanterna.

Ficha Técnica:

Arsenal: Zinsberger; Jill Roord, Williamson, Beattie, McCabe (Maier); Lisa Evans, Nobbs (Lia Wälti), Kim Little; van de Donk, Mead, Miedema. Técnico: Joe Montemurro

Liverpool: Preuss; Jane, Bradley-Auckland, Fahey, Robe; Roberts, Bailey, Linnett (Murray); Babajide (Hodson), Sweetman-Kirk, Lawley. Técnica: Vicky Jepson

Birmingham 0x6 Chelsea 

O Chelsea emplacou a sua quinta vitória seguida ao aplicar uma goleada sobre o Birmingham City. A vitória veio com tranquilidade, com o placar aberto ainda no primeiro minuto de partida e terminando em 6 a 0. O jogo teve Bethany England como grande destaque.

So-Yun Ji fez o primeiro com uma cobrança de falta no ângulo da goleira Hannah Hampton. Desde esse momento era visível uma postura dominante do Chelsea, que vem de grande fase e surpreende com um ataque eficiente. A equipe não criou tantas oportunidades, mas marcou de novo aos 36 com Millie Bright se infiltrando como elemento surpresa pelo centro. 

England tornou o placar mais favorável ainda no primeiro tempo, quando recebeu um lançamento longo no exato espaço que a defesa ofereceu. A artilheira do time dominou sem deixar a bola escapar e chutou firme para o 3 a 0.

Leia mais: Guia da WSL 2019/20 – Parte II: os times da Women’s Super League

A volta do intervalo não trouxe descanso para o Birmingham e mostrou a intensidade com que as Blues jogam. Em roubo de bola no ataque, England recebeu passe rápido e fez o pivô para a entrada de Drew Spence, que fez 4 a 0 logo com três minutos. Foi também de Spence o quinto gol, quatro minutos depois, dessa vez de cabeça.

O sexto gol demonstrou toda a qualidade de aproveitamento do Chelsea, dando um recado para as adversárias de que toda falha será punida. A lateral Maren Mjelde encontrou England no local onde deveria haver uma zagueira, mas só se encontrava o vazio. A artilheira precisou apenas da tranquilidade para finalizar o lance e o placar. 

Com mais essa vitória o Chelsea se mantém líder, um ponto a frente de Manchester City e Arsenal. Já o Birmingham chegou a nove gols sofridos e nenhum feito nos últimos dois jogos e precisa juntar os cacos para não brigar na parte de baixo.

Ficha Técnica: 

Birmingham: Hampton; Arthur, Scott, Holloway, Jordan; Whipp, Staniforth; Simkin, Scofield, Grant (Gregory); Walker. Técnica: Marta Tejedor

Chelsea: Berger; Mjelde, Bright, Eriksson, Andersson; Spence (Carter), Ingle (Murphy), Ji (Blundell); Bachmann, England, Reiten. Técnica: Emma Hayes

West Ham 2×3 Reading 

Naquele que foi sem dúvidas o jogo mais movimentado da rodada, o Reading saiu de uma desvantagem de 2 a 0 e com uma a menos no segundo tempo para virar contra o West Ham e conseguir uma importantíssima vitória na WSL.

Jogando em casa, as Hammers começaram com tudo e abriram o placar logo aos quatro minutos, com Katharina Baunach em cobrança de tiro livre indireto. Superior na partida, o time mandante foi para cima e buscou o segundo gol, mas a defesa adversária segurou as pontas.

A virada já parecia difícil e começou a se desenhar improvável quando, nos acréscimos da primeira etapa, a atacante Rachel Rowe foi expulsa por falta dura em Cecilie Kvamme. Com uma jogadora a menos, as Royals tinham uma missão complicada.

Missão esta que se tornou ainda mais pesada no segundo tempo, quando aos 20 minutos, Leanne Kiernan fez 2 a 0 para o West Ham. Jogando em casa, dominando a partida, 2 a 0 a favor e vantagem numérica… tudo parecia decidido para as Hammers. Só parecia.

De uma hora para a outra o Reading encontrou o seu jogo, se acertou em campo e dominou as ações. E em pouco tempo, conseguiu o (quase) impossível. Primeiro, aos 30 minutos, Kristine Leine diminuiu o placar.

Leia mais: Guia da WSL 2019-20 – Parte I: o futebol feminino na Inglaterra

As Royals nem deram tempo para respiro e segundos depois, aproveitaram a saída de bola errada das mandantes para marcarem o segundo com Brooke Chaplen. A partida mudava de figura completamente.

E aos 37, Jade Moore marcou o terceiro e completou a virada. O Reading foi tão superior no segundo tempo que ainda acertou três bolas na trave (duas com Fara Williams e uma com Sophie Howard), mas ficou “só” com o 3 a 2.

Virada improvável e importantíssima do Reading, que se coloca na primeira página da classificação. O West Ham perdeu a sua terceira partida seguida e já começa a olhar com preocupação a parte de baixo da tabela.

Ficha técnica:

West Ham: Moorhouse; Kvamme, Hendrix, Flaherty, Galabadaarachchi (Leon); Baunach (Middag), Longhurst, Kiernan, Lehmann; Dali, Vetterlein. Técnico: Matt Beard.

Reading: Moloney; Leine, Utland (Pacheco), James, Allen; Williams, Moore, Eikeland, Chaplen; Rowe, Howard. Técnica: Kelly Chambers.

Classificação após sete rodadas:
1º – Chelsea: 19
2º – Manchester City: 18
3º – Arsenal: 18
4º – Everton: 15
5º – Manchester United: 12
6º – Reading: 10 (-1 jogo)
7º – Tottenham: 9
8º – West Ham: 6
9º – Brighton: 5
10º – Birmingham: 3 (-1 jogo)
11º – Bristol City: 3
12º – Liverpool: 1

Próxima rodada (8ª de 22):
– Brighton x Reading, 29/11
– Everton x Chelsea, 01/12
– Arsenal x Bristol City, 01/12
– Manchester City x Liverpool, 01/12
– Birmingham x Tottenham, 01/12
– West Ham x Manchester United, 01/12

Texto produzido por Eduardo Costa e Lucas Bichão.

Lucas Bichão
Lucas Bichão

Estudante de Jornalismo, Geekie e apaixonado por esportes. Social Mídia na Rio 2016 pelo COB e romancista nas horas vagas.