Por disputar a final da Copa da Liga o Manchester City teve sua partida da 27ª rodada, contra o Everton em Goodison Park, adiantada para o dia 6 de fevereiro. Era a chance para o time de Guardiola, com uma vitória, colocar pressão para cima do Liverpool na disputa pela liderança da Premier League. Chance que não foi desperdiçada.
O jogo foi difícil, bastante truncado no meio de campo. O City teve dificuldades para criar chances. Quando conseguia as finalizações, o travessão e o goleiro Jordan Pickford frustravam os visitantes.
A partida foi definida com dois gols, em duas cabeçadas, nos acréscimos (um em cada tempo). Aos 47 da primeira etapa Laporte cabeceou firme o cruzamento de David Silva para abrir o placar.
Gabriel Jesus, que entrou nos 10 minutos finais, consolidou a vitória, aos 52 da etapa final. A vitória, aliada aos resultados das rodadas seguintes, equiparou City e Liverpool em número de pontos (antes dos Reds entrarem em campo para seu 27º jogo), com vantagem para os comandados de Guardiola no saldo de gols.
Para os torcedores do Everton, que enfrentaram chuva e neve, foi mais uma noite frustrante.
Ficha Técnica:
Everton: Pickford; Kenny, Keane, Zouma e Digne; Gueye, Gomes (Sigurdsson 63′), Walcott (Tosun 80′), Davies e Bernard (Richarlison 73′); Calvert-Lewin. Técnico: Marco Silva
Manchester City: Ederson; Walker, Stones, Otamendi e Laporte; Fernandinho, Gündogan e David Silva (De Bruyne 89′); Bernardo, Sané (Sterling 59′) e Agüero (Jesus 80′). Técnico: Pep Guardiola
West Ham 3×1 Fulham
O Fulham começou o jogo com tudo para cima do West Ham, como se fosse ele jogando em casa no London Stadium. Em três minutos foram três chances de gol, incluindo a abertura do placar.
A primeira chance veio com menos de um minuto. O atacante Babel perdeu oportunidade clara de gol. O holandês redimiu-se aos três minutos, quando completou cruzamento rasteiro na entrada da pequena área para fazer 1 a 0.
O Fulham ainda dominou a partida, de forma agressiva, até os 10 minutos da primeira etapa. Os donos da casa pareciam atordoados e em apuros.
Aos poucos os Hammers acertaram-se em campo, frearam o ímpeto dos visitantes e passaram a dominar as ações. Aos 29, o time chegou ao empate.
Após falha do goleiro Rico, a bola sobrou para Chicharito Henández cabecear para o gol. Na verdade, a impressão inicial foi a de um gol de cabeça. No replay, fica perceptível que o mexicano utilizou o braço para empurrar a bola para as redes.
Após o empate o Fulham nunca mais esteve perto da vitória. Ainda no primeiro tempo Diop virou o jogo, completando de cabeça uma cobrança de escanteio.
Na volta do intervalo a equipe de Ranieri até batalhou para criar jogadas ofensivas, mas o West Ham sempre esteve mais próximo do terceiro gol do que o Fulham do empate. Já nos acréscimos, aos 46, Antonio sacramentou a vitória, com mais uma cabeceada.
Ficha Técnica:
West Ham: Fabianski; Zabaleta (Fredericks 45′), Diop, Ogbonna e Cresswell; Rice, Antonio, Noble, Snodgrass e Felipe Anderson (Lanzini 76′); Hernández (Arnautovic 64′). Técnico: Manuel Pellegrini.
Fulham: Rico; Odoi, Nordtveit, Ream e Bryan; Cairney, Chambers, Seri (Anguissa 45′) e Sessegnon (Markovic 45′); Babel e Mitrovic. Técnico: Claudio Ranieri.
Cardiff 1×5 Watford
Num verdadeiro show de Gerard Deulofeu, o Watford bateu o time do País de Gales e reencontrou a vitória, depois de três partidas sem saber o que era isso. O espanhol Deulofeu foi a estrela da noite, marcando três gol e dando uma assistência.
O Cardiff não incomodou muito durante a partida. A única chance real da equipe no primeiro tempo foi em chute de Niasse, defendido por Ben Forster. Pouco tempo depois, Deulofeu abriria o placar no Cardiff City Stadium.
Mas o verdadeiro massacre aconteceu no segundo tempo, incluindo um golaço de Deulofeu, que arrancou pelo corredor central e finalizou com categoria. Não demorou mais de dois minutos depois disso para Deulofeu marcar seu hat-trick.
Os Hornets continuaram martelando por toda segunda etapa e ainda conseguiram marcar mais dois gols. Troy Deeney balançou a rede duas vezes. Nesse meio tempo, Sol Bamba havia feito o gol de honra dos mandantes.
Invicto em 2019, o Burnley recebeu o Tottenham no Turf Moor. Contrariando o histórico, o Burnley conseguiu sair vencedor e abrir seis pontos da zona de rebaixamento. Já o Tottenham perdeu a oportunidade de encostar nos líderes do campeonato.
O jogo foi travado no primeiro tempo. Os mandantes, com seu estilo mais rústico, abusaram dos chutões e ligações diretas. Para combater isso, os visitantes buscavam por a bola no chão, mas não conseguiram abrir a defesa bem montada por Sean Dyche.
As finalizações de longe foram a alternativa para o Tottenham, porém, sem resultados efetivos. Na volta do intervalo, o time parecia muito mais ligado. Tom Heaton foi obrigado a trabalhar muito mais.
O esforço defensivo do Burnley foi recompensado aos 57 minutos: Dwight McNeil cobrou escanteio na cabeça de Chris Wood, que bateu Lloris. O lance foi muito reclamado por Mauricio Pochettino, com razão. Na origem do lance, o correto seria tiro de meta.
O Tottenham demorou pouco tempo para assimilar e reagir. Em jogada esperta de cobrança de lateral, Harry Kane, voltando de lesão, recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e tirou de Heaton para empatar.
Entretanto, no final, apesar da posse de bola massiva dos Spurs, quem marcou e matou o jogo foi o Burnley. Johan Gudmundsson limpou três marcadores e bateu cruzado. A bola passou por todos, menos por Ashley Barnes, que desempatou.
Tentando sair da má fase dos últimos jogos, no sábado (23) o Leicester recebeu o Crystal Palace no estádio King Power Stadium em busca dos três pontos. Mas quem levou a melhor foram os visitantes.
O Leicester comandou as ações ofensivas na etapa inicial. Com mais posse de bola e volume de jogo, a equipe da casa dificultou o setor de criação do Crystal Palace.
E a primeira grande chance do jogo foi do Leicester. Logo aos oito minutos, Vardy aproveitou cruzamento da esquerda e cabeceou rente à trave. Na sequência, foi a vez de Maddison levar perigo com um arremate de longa distância.
Com mais de 60% da posse de bola e com a marcação no campo ofensivo, os Foxes impediram o Palace de criar oportunidades de gol. O roteiro do jogo era todo favorável aos donos da casa.
No entanto, foram os visitantes que saíram na frente do marcador. Aos 40 minutos, Batshuayi deu um leve desvio na finalização de McArthur e mandou para o fundo das redes. 1 a 0 para o time de Roy Hodgson, na única chance clara de gol do primeiro tempo.
Na segunda etapa o jogo ficou um pouco mais aberto. Precisando do resultado, o Leicester foi pra cima do Crystal Palace para buscar o empate.
E aos 19 minutos do segundo tempo, depois de tanto insistir, finalmente saiu o gol dos donos da casa. Evans aproveitou jogada de Barnes pela direita, e meio desequilibrado, estufou as redes do goleiro Guaita. Tudo igual no King Power Stadium.
Entretanto, minutos mais tarde, o Crystal Palace voltou a ficar à frente do placar, com mais uma participação direta de McArthur. O camisa 18 fez boa jogada pela direita e deu ótimo lançamento para Zaha. O atacante finalizou firme no canto direito de Schmeichel, colocando os Eagles em vantagem.
O Leicester tinha o domínio do jogo, mas não conseguia ser efetivo na segunda etapa. Com mais espaço, o Crystal Palace começou a explorar os contra-ataques. E a fórmula deu certo. Aos 36 minutos, Schlupp sofreu pênalti. Mijivojevic foi para a cobrança e ampliou o marcador para os visitantes.
No final da partida o Leicester foi para o tudo ou nada. Porém, desorganizado, o time não conseguiu criar nenhuma chance clara para colocar fogo na reta final do jogo.
E para piorar, Zaha fez o quarto gol dos Eagles em uma jogada de transição pelo lado direito. 4 a 1 e vitória categórica do Crystal Palace diante do Leicester fora de casa.
Ficha técnica:
Leicester: Schmeichel; Ricardo Pereira, Maguire, Evans e Fuchs; Tielemans (Iheanacho 74’), Ndidi, Maddison; Ghezzal (Gray 45’), Barnes (Okazaki 85’) e Vardy. Técnico: Claude Puel.
Crystal Palace: Guaita; Ward, Tomkins, Sakho (Dann 77’), Van Aanholt; McArthur, Milivojevic, Schlupp; Townsend (Kouyaté 80’), Zaha e Batshuayi (Ayew 86’). Técnico: Roy Hodgson
Bournemouth 1×1 Wolves
Um dos jogos mais interessantes dos times fora do “big six” aconteceu nesta rodada. Um duelo que colocava frente à frente duas equipes com ideias de jogo bem ofensivas e que fazem boas campanhas. E claro, um confronto particular entre os técnicos Eddie Howe e Nuno Espírito Santo.
E o primeiro tempo fez jus às expectativas: jogo bem equilibrado e com os times buscando o gol. O Bournemouth saiu na frente, quando o árbitro da partida Roger East marcou um pênalti polêmico a favor dos donos da casa.
Joshua King partiu para cobrança e converteu. O primeiro tempo acabou com o Wolves pressionando, mas sem conseguir empatar.
E o segundo tempo se iniciou do mesmo jeito: visitantes pressionando e nada do gol. O Bournemouth respondia nos contra-ataques. Aos 38 minutos da etapa final, o juiz marcou outro pênalti polêmico, desta vez a favor dos Wolves.
O artilheiro Raúl Jimenez cobrou e deixou tudo igual. Entretanto, dois minutos depois, mais uma penalidade para o Bournemouth. Porém, King chutou na trave e desperdiçou a chance da vitória.
Com o empate, o Bournemouth ficou na décima posição, seis pontos atrás do Watford e da tão sonhada vaga em competições europeias. Pelo lado do Wolves, um ponto comemorado pelas circunstâncias do jogo. Os visitantes estão empatados com o Watford e também querem a vaga na Liga Europa.
Em um jogo diretamente relacionado a briga contra o rebaixamento, o Newcastle venceu o desesperado Huddersfield Town e conseguiu abrir 4 pontos da zona da degola na Premier League. Já os Terriers caminham a passos largos para retornar a Championship após 2 temporadas na elite.
O Huddersfield até começou com uma alta posse de bola e trocando muitos passes, mas não chegou com perigo ao gol do Newcastle. A situação se complicou mesmo quando aos 20 minutos, o capitão Tommy Smith acertou um duro carrinho em Almirón e foi expulso direto.
Miguel Almirón acabou sendo o grande destaque do confronto inclusive. Com ótimas jogadas individuais, chances criadas para os companheiros, além de uma bola na trave, o meia paraguaio mostrou que vai ser vital na luta contra o rebaixamento.
O Newcastle acabou perdendo muitas chances ao longo do jogo e os gols acabaram saindo apenas no segundo tempo. No primeiro gol, após bola cruzada na área, Hayden recebeu e acabou dando um passe atrapalhado para Rondon abrir o placar.
O segundo gol acabou sendo parecido com o que abriu o placar. Após invertida de Almiron para Yedlin, o norte-americano cabeceou para o meio da área e encontrou Rondon. O venezuelano acabou desviando na bola para encontrar Ayoze Perez, que mandou a bola para o fundo do gol e garantiu os 3 pontos para os Magpies.
Sem Firmino na maior parte do jogo, o Liverpool pouco criou e acabou apenas empatando em Old Trafford neste domingo (24). O jogo foi marcado por contusões na primeira etapa, incluindo três atletas do Manchester United.
O departamento médico das duas equipes precisaram trabalhar ainda no primeiro tempo. Solskjaer teve que substituir Herrera, Mata e Lingard – que tinha entrado no lugar do camisa 8. Por outro lado, Klopp teve que colocar Sturridge em campo após lesão de Firmino.
Tirando as contusões, a primeira etapa começou com um domínio do Liverpool. Porém, sem grandes chances, o jogo foi abaixo do esperado. A única boa oportunidade foi dos mandantes. Após excelente passe de Lukaku, Lingard tentou driblar o goleiro, mas Alisson saiu para impedir a finalização.
Na volta da segunda etapa, o time de Manchester voltou melhor. Embora não tenha feito nenhuma grande defesa, o goleiro brasileiro dos Reds teve que ficar atento debaixo das traves.
Ficha técnica
Manchester United: De Gea; Young, Lindelof, Smalling e Shaw; McTominay, Herrera (Andreas, 20′), Mata ((Lingard, 24′) Sánchez, 61′). Treinador: Ole Gunnar Solskjaer.
Liverpool: Alisson; Milner, Matip, van Dijk e Robertson; Wijnaldum, Henderson (Shaqiri, 70′) e Fabinho; Salah (Origi, 78′), Firmino (Sturridge, 30′) e Mané. Treinador: Jurgen Klopp.
Arsenal 2×0 Southampton
Jogando contra um Southampton que briga contra rebaixamento, o Arsenal precisava se impor. E o fez logo aos seis minutos, abrindo o placar: Alex Iwobi cruzou para Henrikh Mkhitaryan, que chutou para o meio e Alexandre Lacazette desviou para o gol.
O Arsenal seguiu pressionando e, aos 16, veio mais um. Este foi cortesia da defesa do Southampton: em saída de bola complicada, o goleiro Angus Gunn lançou mal, Iwobi aproveitou, avançou pela esquerda e cruzou para Mkhitaryan completar de primeira e fazer 2 a 0.
Os londrinos acertavam os passes e controlavam as ações. O número de finalizações deixava isso claro: 11 a 4 no intervalo. Lacazette era o mais perigoso, com duas chances claras ainda no primeiro tempo.
Com grande vantagem no placar, o Arsenal diminuiu o ritmo no segundo tempo. O Southampton até chegou algumas vezes – teve três boas chances com James Ward-Prowse e Pierre-Emile Højbjerg –, mas não encontrou muitas forças para reagir.
Como destaques negativos dos donos da casa, as duas perdas por lesões. No segundo tempo, Stephan Lichtsteiner e Alex Iwobi tiveram que deixar o campo machucados – foram substituídos por Laurent Koscielny e Pierre-Emerick Aubameyang, respectivamente.