21ª rodada da Premier League: confira o resumo da primeira rodada de 2019

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Veja tudo que rolou na 21ª rodada da Premier League e a primeira de 2019.

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Arsenal 4×1 Fulham

Buscando reabilitação depois da goleada para o Liverpool na rodada passada, o Arsenal encarou a pior defesa do campeonato no Emirates Stadium.

Depois de um ligeiro sufoco no início, os Gunners abriram o placar com Granit Xhaka recebendo passe de Alex Iwobi dentro da área e finalizando de pé esquerdo.

A partida ficou dominada, mas o placar só foi se alterar no segundo tempo. Alexandre Lacazette, em jogada muito bem trabalhada pelo lado esquerdo, ampliou.

O Fulham foi obrigado a se atirar ao ataque e até chegou a diminuir com Aboubakar Kamara. Porém, Aaron Ramsey e Pierre-Emerick Aubameyang trouxeram tranquilidade para o time e para a torcida pouco tempo depois.

O resultado mantém os mandantes na briga por Champions League, enquanto os visitantes sofrem na parte de baixo. O time de Claudio Ranieri é o penúltimo colocado.

Ficha técnica

Arsenal: Leno, Mustafi (Torreira 46′), Sokratis, Koscielny; Maitland-Niles, Guendouzi, Xhaka, Kolasinac; Iwobi (Saka 83′) Aubameyang e Lacazette (Ramsey 75′). Técnico: Unai Emery.

Fulham: Sérgio Rico, Odoi, Ream, Le Marchand; Christie (Fosu-Mensah 56′), Cairney, Cisse (Seri 61′), Bryan; Sessegnon, Scuhrrle (Kamara 61′) e Mitrovic. Técnico: Claudio Ranieri.

Cardiff 0x3 Tottenham

Jogando no País de Gales, o Cardiff buscava surpreender pela segunda rodada seguida. Já o Tottenham buscava a recuperação após a derrota de virada para o Wolverhampton.

O que se viu em campo foi pura imposição dos Spurs desde o primeiro minuto de jogo. O gol não demorou a sair e foi um tanto quanto esquisito.

Antes do terceiro minuto, Kieran Trippier cruzou e, na tentativa de afastar a bola, Sean Morrison chutou em cima de Harry Kane. A bola enganou Neil Etheridge e entrou.

Dez minutos depois, Christian Eriksen recebeu na entrada da área e aumentou. Ainda na primeira etapa, Heung-Min Son fez 3 a 0, dando ainda mais tranquilidade aos visitantes.

O Tottenham cozinhou o jogo no segundo tempo e o Cardiff mal ameaçou. Maurício Pochettino devolve a equipe à segunda posição, enquanto o Cardiff fica na décima sexta.

Ficha técnica

Cardiff: Etheridge, Manga, Morrison, Bamba, Cunningham; Gunnarsson, Camarasa (Ralls 59′), Arter, Murphy (Hoilett 46′); Reid (Mendez-Laing 72′) e Paterson. Técnico: Neil Warnock.

Tottenham: Lloris, Trippier, Sanchez, Alderweireld, Rose; Winks, Sissoko, Alli (Llorente 86′), Eriksen; Son (Skipp 76′) e Kane. Técnico: Maurício Pochettino.

Bournemouth 3×3 Watford

No sul da Inglaterra, Bournemouth e Watford protagonizaram a partida mais maluca da rodada.

Os visitantes abriram rapidamente o placar com Deeney. Não demorou muito para os Hornets ampliarem o marcador outra vez com ele, Deeney aproveitando a bola conduzida para o ataque por Deulofeu.

A resposta dos mandantes foi rápida, igualando o marcador em um intervalo de 3 minutos graças aos gols de Aké e Wilson.

A partida seguiu frenética com o Watford assumindo novamente a frente do placar no minuto seguinte com Sema.

Pra finalizar aquele primeiro tempo alucinante, os Cherries voltaram à igualdade graças ao gol de Fraser.

Seis gols em 45 minutos. O público presente no Vitality Stadium já podia voltar pra casa satisfeito!

No retorno para a segunda etapa, o jogo deu uma esfriada, perdendo toda aquela intensidade do primeiro tempo.

As melhores chances foram criadas pelo Bournemouth, que buscou a vitória, mas as oportunidades pararam nas boas defesas do goleiro Foster, que acabaram garantindo um ponto fora de casa para o Watford.

Ficha Técnica

Bournemouth: Begovic, Stanislas, Cook, Aké, Daniels, Brooks, Gosling, Lerma, Fraser (Mousset 82’), Wilson (Ibe 81’), King;

Watford: Foster, Feminia, Mariappa. Cathcart, Holebas, Doucoré (Cleverley 56’), Capoue, Sema (Hughes 71’), Pereyra, Deulofeu (Success 90’), Deeney.

Newcastle 0x2 Manchester United

O Manchester United segue mostrando evolução após a demissão do técnico José Mourinho e da chegada do novo comandante Ole Gunnar Solskjaer.

Foi a quarta vitória consecutiva dos Red Devils com o treinador norueguês, que se tornou o segundo na história do clube a conseguir vitórias em seus quatro primeiros jogos de liga. O primeiro foi sir Matt Busby, em 1946.

Depois de bons triunfos sobre Cardiff, Huddersfield e Bournemouth, o confronto contra o Newcastle, fora de casa, foi o teste mais duro para o “novo” United. Mesmo em má fase na Premier League, o time da casa mostrou esforço e determinação, conseguindo criar alguns problemas para os visitantes.

O United defendeu-se bem e mostrou sua nova faceta. Um time que gosta de atacar, ao contrário do que acontecia sob a direção de Mourinho. Pogba foi, novamente, um dos destaques. Dessa vez ele não marcou gol, mas participou intensamente da criação ofensiva do time.

O Newcastle conseguiu segurar o empate até os 19 minutos do segundo tempo. Lukaku, que havia acabado de entrar, pegou rebote do goleiro Dubravka e abriu o placar.

O gol deu tranquilidade para o United controlar o jogo. Rashford consolidou a vitória aos 35 minutos.

Foi oitava derrota do Newcastle em 11 jogos em Saint James Park na atual temporada da Premier Legue. O time é o 15º colocado, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento.

O Manchester United manteve-se em 6º, dois pontos atrás do Arsenal, mas demonstrando que está em óbvio viés de alta no momento.

Ficha Técnica:

Newcastle: Dubravka; Yedlin, Schär (Muto 81′), Lascelles e Dummett; Ritchie, Pérez (Kenedy 69′), Hayden e Diamé (Shelvey 53′); Atsu e Rondón. Técnico: Rafa Benitez

Manchester United: De Gea; Valencia, Lindelöf, Jones e Shaw; Herrera, Matic, Mata (Sanchez 63′) e Pogba; Martial (Lukaku 63′) e Rashford (Lingard 87′). Técnico: Ole Gunnar Solskjaer

Chelsea 0x0 Southampton

Em nenhum momento o Chelsea pareceu estar realmente próximo de vencer o Southampton. Os 72% de posse de bola não foram suficientes para os londrinos criarem muitas chances reais de gol.

O número de 17 finalizações, sendo seis no alvo, dão a falsa impressão de uma grande pressão dos Blues para cima do time do sul da Inglaterra. Mas foram poucas as vezes em que os chutes levaram algum perigo ao goleiro Angus Gunn.

O técnico Maurizio Sarri, do Chelsea, admitiu na coletiva pós-jogo: “Jogamos um bom futebol em 80 metros do campo, mas tivemos problemas nos últimos 20 metros”.

O Southampton foi eficiente em deixar o jogo mais lento, dificultando a transição dos donos da casa. Morata foi inoperante, Hazard não teve uma boa noite e Willian saiu machucado ainda no primeiro tempo.

O Chelsea já havia tido muitas dificuldades para produzir ofensivamente em sua última partida, contra o Crystal Palace. Naquela ocasião, no entanto, Kanté marcou o gol solitário da vitória. Para o Southampton o empate fora de casa foi importante, mesmo ainda estando na zona de rebaixamento.

Ficha Técnica:

Chelsea: Kepa; Azpilicueta, Rüdiger, David Luiz e Alonso; Kanté, Jorginho e Barkley (Fábregas 68´); Willian (Loftus-Cheek 37´), Hazard e Morata. Técnico: Maurizio Sarri

Southampton: Gunn; Valery, Bednarek, Yoshida, Vestergaard e Soares; Redmond (Stephens 90´), Romeu, Ward-Prowse e Armstrong (Austin 89´); Ings (Long 45´). Técnico: Ralph Hasenhuttl

Wolverhampton 0x2 Crystal Palac

Com a vitória de 2 a 0 o Crystal Palace confirmou sua boa forma como visitante. Após vitórias recentes contra Manchester City e Tottenham, ambas fora de casa, o triunfo sobre o Wolverhampton aumentou para seis pontos a folga dos londrinos para a zona de rebaixamento.

O Palace foi melhor durante a maior parte do jogo. O que não quer dizer que não houve uma boa disputa. Ambas as equipes buscaram o ataque e conseguiram criar boas chances no primeiro tempo.

No segundo tempo os times seguiram se revezando no ataque. As 17 finalizações do Palace contra nove dos Wolves, no entanto, deixam claro quem teve mais presença ofensiva.

Apesar da boa disputa a partida parecia se encaminhar para o 0 a 0 (seria o terceiro jogo consecutivo do Palace sem gols). Aos 38 minutos da etapa final Jordan Ayew dominou a bola dentro da área e chutou colocado para abrir o placar. Ainda houve tempo para Milivojevic consolidar a vitória, de pênalti, aos 50 minutos.

Com a derrota o Wolverhampton caiu duas posições (para 9ª). Ainda uma boa colocação para o clube, um dos destaques da temporada da Premier League.

Ficha Técnica:

Wolverhampton: Rui Patrício; Bennett, Cody e Boly; Doherty, João Moutinho, Saïss (Neves 73´) e Castro Otto; Helder Costa (Gibbs-White 64´), Jiménez e Cavaleiro (Traoré 84´). Técnico: Nuno Espírito Santo

Crystal Palace: Guaita; Wan-Bissaka, Tomkins, Sakho e van Aanholt; Kouyaté, Milivojevic e McArthur; Towsend, Ayew (Wickham 88´) e Zaha. Técnico: Roy Hodgson

West Ham 2×2 Brighton

Um primeiro tempo modorrento e um segundo tempo animadíssimo. Essa é uma boa forma de descrever o empate entre West Ham e Brighton, disputado no London Stadium.

Praticamente nada ocorreu na primeira etapa. O Brighton muito fechado em sua defesa impedia qualquer progresso dos donos da casa, mas sem conseguir armar contra-ataques.

O segundo tempo foi completamente diferente. Em um período de dois minutos (aos 11 e aos 13 minutos), em dois escanteios o Brighton abriu 2 a 0. Algo que frustrou o técnico Manuel Pellegrini. “A principal forma em que o Brighton marca gols é em jogadas de bola parada e nós permitimos que eles marcassem duas vezes dessa maneira”, disse na coletiva pós-jogo.

Pellegrini fez duas substituições que deram mais velocidade e agressividade aos Hammers, que partiram em busca dos gols. Eles aconteceram, também em um período de dois minutos (21 e 23 minutos), ambos com Arnautovic.

A torcida se inflamou e os donos da casa seguiram pressionando pela virada. Antonio e Declan Rice tiveram boas chances para garantir a vitória, mas o placar ficou mesmo no 2 a 2.

O empate em casa não era o que o West Ham esperava para esse jogo. O ponto conquistado lhe garante posicionamento na metade da tabela.

Para o Brighton, a frustração por desperdiçar uma vantagem de dois gols pode ser relevada pelo fato de o time ter passado invicto pelas três partidas das rodadas de natal e ano novo da Premier League. O time está 10 pontos à frente da zona de rebaixamento.

Ficha Técnica:

West Ham: Fabianski; Zabaleta, Diop, Ogbonna e Cresswell; Snodgrass (Antonio 63´), Obiang (Noble 63´), Rice e Felipe Anderson; Carrol (Pérez 45´) e Arnautovic. Técnico: Manuel Pellegrini

Brighton: Button; Montoya, Duffy, Dunk e Bernardo (Bong 73´); March, Grob, Stephens, Pröper e Locadia; Murray (Aondone 82´). Técnico: Chris Hughton

Huddersfield 1×2 Burnle

O lanterna Huddersfield recebeu o Burnley na primeira partida dos clubes em 2019. Um confronto direto e que só a vitória importava para os clubes, cada vez mais focados em sair da zona de rebaixamento.

Como esperado, um jogo bastante truncado no primeiro tempo. Mas aos 33 minutos da etapa inicial, os donos da casa abrem o placar com Steve Mounier. Entretanto, pouco tempo depois Cris Wood deixou tudo igual.

As coisas complicaram para o Huddersfield ainda mais quando Christopher Schindler foi expulso no fim do primeiro tempo. E na segunda etapa, os donos da casa buscavam segurar o empate, mas aos 30 minutos da etapa final Ashley Barnes virou o jogo para o Burnley.

Com a derrota, o Huddersfield segue afundado na lanterna com apenas 10 pontos ganhos. Pelo lado do Burnley, o clube saiu da zona de rebaixamento e abriu dois pontos de vantagem.

Ficha técnica

Huddersfield: Lossl; Jorgensen, Schindler, Hadergjonaj (Lowe) e Kongolo; Hogg e Biling; Kachunga, Pritchard (Durm(Depoitre) e Mbenza; Mounie. Técnico: David Wagner

Burnley: Heaton, Bardsley, Tarkowski, Mee e Taylor; Guodmudsson, Westwood, Corck e Mcneil; Wood e Barnes. Técnico: Sean Dyche

Everton 0x1 Leicester

Abrindo a 21ª rodada da Premier League, o Everton acabou perdendo dentro de casa para o Leicester. Embalado, a equipe de Jamie Vardy, autor do gol da vitória, chegou a sua terceira vitória nas últimas quatro partidas.

A partida no Goodison Park começou muito calma e sem muitos lances de perigo. O início de jogo foi muito estudado. Quem tomava a iniciativa era o time da casa, mas os Toffees concluíam muito mal a gol. A melhor chance foi quando Jonjoe Kenny acertou a trave de Schmeichel.

O Leicester começou a aparecer na partida no final da primeira etapa e criou boas chances com Ghezzal. Os Foxes marcaram um belo gol em jogada rápida de contra-ataque com Jamie Vardy, depois de assistência de Ricardo Pereira.

A partir de então o Everton se viu obrigado a buscar o ataque. Os movimentos ofensivos começaram a aparecer mais, principalmente quando Richarlison e Sigurdsson eram acionados. Apesar das inúmeras tentativas o Leicester soube se defender e segurou o placar.

Ficha técnica

Everton: Pickford, Jonjoe Kenny, Zouma, Keane, Digne; André Gomes (Bernard 62’), Gueye, Walcott (Tosun 70’), Sigurdsson, Richarlison; Calvert-Lewin. Técnico: Marco Silva.

Leicester: Schmeichel, Simpson, Maguire, Evans, Chillwell; Choudhury, Mendy, Ndidi; Ghezzal (Albrighton 46’), Pereira, Vardy (Gray 93’). Técnico: Claude Puel.

Manchester City 2×1 Liverpool

Na principal partida da 21ª rodada da Premier League, Manchester City e Liverpool se enfrentaram naquilo que para muitos seria o maior jogo da temporada. Os torcedores dos Reds viram sua equipe não se encontrar dentro de campo e sua invencibilidade ser rasgada e jogada fora pelo City.

Com um primeiro tempo muito estudado entre as duas equipes, o jogo exigia o máximo de atenção e o mínimo de erro. Depois de boa trama entre Salah e Firmino, o egípcio achou Mané dentro da área, o senegalês finalizou e a bola acertou a trave. Na sequência, Stones cometeu uma trapalhada junto com Éderson e quase fez um gol contra.

No momento em que mais parecia não ter o controle da partida, o City contou com Kun Agüero. O argentino se antecipou a Lovren e finalizou forte, sem chances para o goleiro Alisson. Era um gol importante para os Citizens que foram para o vestiário com a vitória no placar.

A segunda etapa começou da mesma maneira que a primeira e o City chegou a ameaçar bastante com Sané e Sterling pelos flancos. A principal mudança de Klopp foi com Fabinho. Em menos de dez minutos, o brasileiro mudou o jeito de jogar do Liverpool.

Tanto que depois de ótima bola de Alexander-Arnold, o lateral esquerdo Andrew Robertson escorou para Roberto Firmino empatar a partida para os Reds. Depois, o jogo parecia ter ficado mais à feição do Liverpool.

Mas do lado azul havia Leroy Sané. O inglês Raheem Sterling puxou a bola pelo centro e achou Sané, que em disparada deixou Arnold para trás e finalizou firme na trave esquerda de Alisson. A bola cruzou a linha do gol e entrou. 2 a 1 para o Manchester City.

O Liverpool bem que tentou o empate nos últimos minutos com uma blitz na área rival, mas nada conseguiu criar. Coisa rara de se ver, Guardiola fechou a equipe nos últimos instantes, e garantiu uma vitória que dá moral na briga pelo título inglês.

Ficha técnica

Manchester City: Éderson, Danilo, Kompany (Otamendi 87’), Stones, Laporte (Walker 86’); Fernandinho, David Silva (Gündogan 65’), Bernardo Silva; Sané, Sterling, Agüero. Técnico: Pep Guardiola.

Liverpool: Alisson, Alexander-Arnold, Lovren, van Dijk, Robertson; Henderson, Milner (Fabinho 56’), Wjinaldum (Sturridge 86’); Mané (Shaqiri 76’), Salah, Firmino. Técnico: Jürgen Klopp.

Guilherme Rodelli
Guilherme Rodelli

Jornalista da Rádio Futebol Online, formado em Marketing, pós-graduado em Jornalismo Esportivo e apaixonado pela Premier League.