O amor por um clube é algo único. E o sentimento pode ser despertado e amadurecido mesmo a quilômetros de distância. O empreendedor pernambucano Rodrigo Pedrosa torce pelo Manchester United desde os anos 1990, acompanha o dia a dia do clube e tem uma coleção de quase 150 camisas dos Diabos Vermelhos.
Tudo começou após a final da Eurocopa de 1992, em que o goleiro do Manchester United Peter Schmeichel se destacou pela Dinamarca, seleção que foi campeã do torneio.
“Só quando vi Schmeichel jogando, ou melhor, defendendo tudo na final contra a Alemanha campeã mundial foi que despertou o interesse em acompanhar os Diabos vermelhos”, revela.
O amor pelo United começou em uma era difícil da informação. Acompanhar um clube a quilômetros de distância só por jornais e revistas. Jogos na TV? Raramente. Com o tempo, a tecnologia evoluiu e encurtou grandes distâncias.
“a maioria das informações que conseguia era ATRAVÉS DA REVISTA PLACAR e, vez ou outra, alguma gringa que conseguia no aeroporto. Hoje em dia a facilidade é tão grande que provavelmente vejo mais informações sobre o United que o Sport(clube do coração), apesar de estar em Recife”, conta.
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O batismo de Pedrosa como torcedor do Manchester United veio na temporada 1998-1999 – e não foi por conta das conquistas da Premier League, Copa da Inglaterra e Liga dos Campeões.
“me descobri realmente torcedor na temporada 98/99. não por causa da tríplice coroa, mas pela saída do Schmeichel. a idolatria continuou, porém a saída dele não diminuiu em nada a vontade de ver os jogos dos Diabos Vermelhos”, afirma.
Quem também ajudou a reforçar os laços com o clube foi a “Classe de 1992”. Os garotos lançados por Sir Alex Ferguson empilharam taças nos Diabos Vermelhos e mudaram o patamar do clube. E Pedrosa tem seus prediletos.
“gosto muito do Beckham, que aliava o bom futebol com a vida de pop star. logo após vinha Scholes, que era exatamente o oposto do Becks em questão de exposição. além de Ryan Giggs, que, para mim, é o jogador mais importante do clube”, revela.
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Os anos foram passando, a tecnologia foi aumentando e a relação com o Manchester United foi ficando cada vez maior. Com a chegada da TV por assinatura e a massificação da internet, Pedrosa pôde acompanhar tudo do clube.
Uma das grandes formas de materializar o amor por um clube está nas coleções de camisas. E Rodrigo se descobriu um colecionador e obviamente colocou os uniformes do Manchester United como prioridade. Hoje, está com quase 150 peças dos Diabos Vermelhos.
“há alguns anos resolvi levar para frente esse hobby tão legal. hoje conto com aproximadamente 150 camisas do clube. de 1992 para frente tenho todas, personalizadas e devidamente catalogadas”, revela.
Além das camisas, Pedrosa está em busca de mais objetos colecionáveis do Manchester United. O acervo Red Devil cresce cada vez mais e de forma diversificada. Vai desde bandeiras, quadros, até estátuas de Schmeichel e Beckham.
A criação de uma coleção de camisas fez com que Rodrigo levasse a prática de forma profissional. O hobby virou coisa séria.
“minha paixão pelas camisas me fez começar o próprio negócio de Personalizações de camisas de futebol. fazia para mim e comecei a fazer para amigos. daí para virar um negócio, foi um pulo…”, relata.
Com uma relação tão intensa, é claro que Pedrosa tem muita vontade de conhecer a cidade de Manchester e o lendário Old Trafford. Entretanto, as incertezas econômicas no país o impedem de projetar uma viagem. Ele afirma que, se pudesse escolher entre assistir um jogo no Teatro dos Sonhos ou ver a peleja num pub inglês, ficaria com a segunda opção.
“com uma torcida globalizada, a identidade local se perde um pouco na atmosfera do estádio. Provavelmente escolheria o pub para ter uma experiência com os torcedores ingleses”, conta.