13ª rodada da WSL: confira o resumo dos jogos da Women’s Super League

9 minutos de leitura

A 13ª rodada da Women’s Super League foi marcante. Teve goleada no duelo direto entre líderes, jogo decisivo na parte de baixo da tabela e muita emoção em campo. Confira o resumo dos jogos da 13ª rodada da WSL!

Birmingham 0x2 Manchester City

Em Damson Park, o Birmingham City recebeu um dos times candidatos ao título nacional, o Manchester City. A partida que abriu a 13ª rodada da WSL viu prevalecer o favoritismo das Citizens, que venceram por 2 a 0.

A partida começou a favor do Manchester City e com apenas 35 segundos de bola rolando, Ellen White já havia aberto o placar. A atacante recebeu cruzamento rasteiro vindo da direita e se esticou toda para balançar as redes. Esse gol fez com que o time pudesse relaxar em campo diante de um adversário que sofre com a criação ofensiva.

A deficiência no ataque do Birmingham pôde ser vista com as estatísticas finais da partida. Nos números é possível visualizar que o setor ofensivo composto por Rachel Williams, Claudia Walker, Lucy Whipp e Abby Grant conseguiu chutar três vezes ao gol. É um número baixo se comparado aos 11 das adversárias e de acordo com os 53% de posse de bola que teve.

As Citizens podem não ter comandado as ações durante toda a partida, mas foram mais agressivas com a bola no pé. Foi assim que conseguiram transformar, aos 20 minutos do segundo tempo uma de suas chances de novo gol. Em uma das muitas boas trocas de passe da equipe, a bola acabou ficando com Keira Walsh na entrada a área. A jogadora transformou a posse em um dos gols mais bonitos da rodada.

Com o placar em 2 a 0, as visitantes conseguiram mais três pontos e, aproveitando o tropeço do Arsenal, empataram na liderança (com confronto direto na próxima rodada). O Birmingham também acende o alerta, pois tem duelo direto contra o Liverpool e pode se complicar na briga do rebaixamento.

Ficha técnica:

Birmingham City: Hampton; Mayling, Scott, Holloway (Harrop), Jordan; Staniforth, Arthur; Walker (Kelly), Whipp, Grant (Visalli); Williams. Técnica: Marta Tejedor.

Manchester City: Roebuck; Beckie (Stanway), Houghton, Bonner, Stoke; Weir, Scott, Walsh; Bremer (Coombs), White, Hemp (Wullaert). Técnico: Nick Cushing.

Manchester United 3×0 Tottenham

Separados por um ponto antes do começo da rodada, Manchester United e Tottenham prometiam uma partida equilibrada no Leigh Sports Village. Quem vencesse, dependendo da combinação da rodada, poderia assumir a quarta colocação na tabela.

Mas a partida teve um aspecto determinante: o clima. Com uma forte neblina, foi até difícil imaginar que haviam reais condições de jogo. As atletas dos times que vieram da segunda divisão nesta temporada seguiram em frente e a partida aconteceu.

Jogando em casa, as Red Devils foram superiores no primeiro tempo. O Man United criou boas oportunidades com Leah Galton, Katie Zelem, Jesse Sigsworth e Jane Ross – mas a maioria parou na goleira Chloe Morgan, destaque dos primeiros 45 minutos. Pelas Spurs, apenas uma chance bem perigosa: no chute de longe de Gemma Davison, Mary Earps defendeu em dois tempos e por pouco a bola não entrou.

Começou o segundo tempo e, mesmo sem o mesmo ímpeto, o Man United seguiu em cima. A persistência enfim foi recompensada aos 11, quando a arbitragem marcou pênalti que Zelem bateu firme, no canto direito, para abrir o placar.

O gol deixou o jogo mais tranquilo para as mandantes, que não demoraram para aumentar o placar. Aos 19, em cobrança de escanteio, Sigsworth desviou para o fundo das redes e fez 2 a 0.

O Tottenham não se deu por vencido e acertou duas bolas na trave com Rianna Dean, a mais perigosa do time. Mas no geral as visitantes fizeram pouco, e deu tempo do placar aumentar: aos 41, Zelem fez seu segundo gol em uma linda cobrança de falta e sacramentou o 3 a 0.

No fim ainda teve uma pequena confusão, após dividida sem bola entre Ella Toone e Ria Percival – a atacante do Manchester United foi expulsa e a volante do Tottenham recebeu cartão amarelo. Mas nada que manchasse a grande vitória das Red Devils.

Ficha técnica:

Manchester United: Earps; Amy Turner, Smith, Millie Turner (Harris), McManus, Smith; Ladd, Zelem; Sigsworth, Groenen (Toone), Galton; Ross (Hanson). Técnica: Casey Stoney.

Tottenham: Morgan; Neville, Godfrey, Filbey (Leon), Mitchell; Addison (Graham), Green, Percival, Davison; Quinn (Ayane), Dean. Técnica: Karen Hills.

Everton 3×1 Reading

O Halton Stadium foi palco da partida entre Everton e Reading. As Royals vinham com a vantagem de estarem fazendo uma temporada melhor – quarto lugar no início da rodada. O resultado do primeiro turno também favorecia as visitantes, porém o que se viu em campo foi uma amostra da eficiência de Chloe Kelly, atacante das Toffees.

A inglesa de 22 anos fez jus ao número que veste, camisa 11, ao marcar o primeiro gol da partida no exato instante que marca sua identificação em campo. O início da partida era favorável ao Everton, que ainda de cara soube lidar bem com a principal arma do Reading: a organização das jogadas feitas por Fara Williams.

Apesar dos espaços encontrados em campo, a bola permaneceu boa parte do tempo na faixa central do gramado. O Reading, como uma de suas características, também ousava nas jogadas feitas no meio da defesa adversária. Foi numa dessas que conseguiram o pênalti que acabou no empate, ainda no primeiro tempo. Williams, a Senhora das Bolas Paradas, cobrou e deu igualdade o placar.

Na volta do intervalo, a partida se manteve no mesmo nível de intensidade. Havia moderação por parte das equipes, que não praticavam um jogo veloz. Os passes eram mais longos, devido aos espaços, porém havia pouca correria. E foram nestes 45 minutos que Chloe Kelly acabou por se consagrar a dona da partida.

Aos 11 minutos, a atacante marcou com um lindo gol olímpico para desempatar. Foi de Kelly também o terceiro do Everton, este que pode ser considerado um “gol chorado”. A inglesa aproveitou a oportunidade que teve, empurrou para a direção das redes e a bola ainda foi tocada pela goleira Rachael Laws, mas acabou entrando.

O triunfo fez com que as Toffees ultrapassassem o Reading na tabela, mesmo com uma partida a menos. O resultado comandado pela jovem inglesa também fez com que a equipe se recuperasse de três derrotas seguidas.

Ficha Técnica:

Everton: Maclver; Morgan, Finnigan, George, Turner; Stringer (Pike), Clemaron; Boye-Hlorkah (Cain), Graham, Kelly; Magill. Técnica: Willie Kirk.

Reading: Laws; Rowe, Bartrip, Potter, Harding; Allen, Moore, Angharad; Williams (Utland); Eikeland (Farrow), Chaplen. Técnica: Kelly Chambers.

Arsenal 1×4 Chelsea

O jogo mais aguardado da 13ª rodada da WSL pode ter sido também o mais surpreendente. O Chelsea não tomou conhecimento do Arsenal e aplicou uma goleada histórica no rival: 4 a 1. Com a vitória, as Blues agora estão apenas um ponto atrás das Gunners, com um jogo a menos. A derrota custou ao Arsenal a liderança da liga.

O Chelsea demonstrou sua força logo no início da partida. Aos 10 minutos, Bethany England recebeu a bola pelo lado direito do ataque, driblou uma adversária e chutou com perfeição para o gol, fazendo um golaço. O tento animou as Blues, que aumentaram três minutos depois: Sam Kerr, de cabeça, marcou seu primeiro gol pelo Chelsea e fez 2 a 0.

O time do Arsenal estava perdido em campo e pouco criava. O Chelsea continuou com o pé no acelerador e, aos 20 minutos, marcou o terceiro. Bola levantada na área, a zaga afastou parcialmente e a pelota sobrou para Sophie Ingle – que acertou um lindo chute, de primeira, fazendo 3 a 0.

Durante o primeiro tempo, Kerr e England tiveram mais chances de aumentar, mas não conseguiram marcar o quarto gol. O jogo foi para o intervalo em 3 a 0, com uma atuação convincente das comandadas de Emma Hayes sobre um desolado Joe Montemurro.

O segundo tempo apresentou um Arsenal já abatido e o Chelsea disposto a controlar o placar. Aos 23 minutos da etapa final, a norueguesa Guro Reiten marcou de cabeça, aumentando para 4 a 0 e definindo a partida. O Arsenal ainda conseguiu diminuir com Beth Mead, mas a reação parou por aí e o jogo terminou mesmo 4 a 1 para o Chelsea.

O Chelsea ainda é o terceiro colocado, mas se vencer seu jogo a menos, assume a liderança. Já o Arsenal não só deixou a ponta, como enfrenta na próxima rodada o outro adversário direto na briga (Manchester City fora de casa) e tem a obrigação de conseguir o resultado.

Ficha técnica:

Arsenal: Zinsberger; Schnaderbeck, Williamson, Quinn (Evans); Wälti, Nobbs (Mead), Little, van de Donk, McCabe: Miedema, Roord. Técnico: Joe Montemurro.

Chelsea: Berger; Mjelde, Bright, Ericsson, Andersson; Ingle, Cuthbert, Reiten (Blundell), Ji So-Yun; Kerr (Spence), England. Técnica: Emma Hayes.

West Ham 2×1 Brighton

West Ham e Brighton estavam separados por um ponto no meio da tabela. Vendo as rivais pela briga do rebaixamento se aproximarem, as duas equipes sabiam que o duelo no Rush Green Stadium era muito importante para as pretensões de ambas.

O jogo começou com o Brighton melhor. E na primeira grande oportunidade, as visitantes abriram o placar. Aos 23, na cobrança de escanteio, a bola desviada por Danique Kerkdijk foi cortada próxima à linha, e após muita reclamação das Seagulls, o gol foi assinalado.

Leia mais: Conheça Kim Little, a pequena gigante capitã do Arsenal Women

O Brighton seguiu melhor, com Léa Le Garrec quase marcando o segundo logo depois. Mas as Hammers seguraram o placar e levaram apenas o 1 a 0 de desvantagem para o segundo tempo, onde começaram bem e mostraram ímpeto para igualar o marcador.

Foi na segunda etapa que começou a aparecer a estrela da atacante suíça Alisha Lehmann. Primeiro, ela teve uma boa oportunidade de canhota, mas mandou para fora. Mesmo com o tempo passando, ela não desistiu e foi recompensada no fim.

Aos 34 minutos, Kate Longhurst fez uma linda jogada na direita e cruzou para Lehmann concluir no meio da zaga e empatar. E três minutos depois, a cobrança de tiro de meta da goleira Courtney Brosnan teve desvio e sobrou para Lehmann. A jovem de 20 anos pintou na cara de Megan Walsh e tocou na saída da arqueira para virar.

Dali até o final, o Brighton não teve forças para reagir, e o West Ham saiu com uma vitória importantíssima. O resultado dá uma folga de sete pontos em relação ao rebaixamento para as Hammers, enquanto o Brighton segue com o sinal amarelo aceso.

Ficha técnica:

West Ham: Brosnan; Kvamme, Fisk, Flaherty, Baunach; Longhurst, Middag (So-Hyun), Dali; Lehmann, Galabadaarachchi (Wallén), Kiernan (Simic). Técnico: Matt Beard.

Brighton: Walsh; Barton (Skovsen), Kerkdijk, Williams, Gibbons; Connolly, Bowman, Whelan, Le Garrec, Natkiel (Umotong); Green. Técnica: Hope Powell.

Bristol City 0x1 Liverpool

Os dois piores times do campeonato fizeram um jogo decisivo. Bristol City e Liverpool se enfrentaram no Stoke Gifford Stadium, valendo a saída da zona de rebaixamento. Com o Bristol à frente do Liverpool por três pontos, o duelo era decisivo.

E o Liverpool logo mostrou a que veio. Com apenas 11 minutos, veio o gol do jogo: Melissa Lawley finalizou do lado esquerdo, Sophie Baggaley espalmou e, na sobra de bola, Rachel Furness fez seu primeiro gol com a camisa do Liverpool para marcar 1 a 0.

No primeiro tempo, o Bristol não teve nenhuma chance de gol. Isso porque o Liverpool veio para cima com marcação pressão e força sobre as rivais, e a tática da treinadora Vicky Jepson mostrou-se correta. As Reds não deram brecha para as Vixens nos primeiros 45 minutos de jogo e estiveram perto de aumentar o placar, sem sucesso.

Veio o segundo tempo e o Bristol precisou mudar de postura. As mandantes foram para cima e tentaram buscar o resultado. A maior chance veio aos 22, quando a arbitragem assinalou um pênalti. Mas aí brilhou a estrela da goleira Anke Preuss: ela defendeu a cobrança de Charlie Wellings e segurou o 1 a 0.

O Bristol seguiu em cima, pressionando. A outra grande oportunidade veio justamente nos acréscimos, quando após a sobra do cruzamento, Megan Wynne finalizou na pequena área. Coube a Preuss salvar novamente, agora com o pé, para fechar o resultado.

Com a vitória, o Liverpool igualou a pontuação das rivais, mas deixou a lanterna e, consequentemente, a zona de rebaixamento. Mas com dez jogos restando às duas equipes, esta briga certamente está longe de ter fim.

Ficha técnica:

Bristol City: Baggaley; Sargeant (Robinson), Brown (Bryson), Evans, Pattinson; Matthews, Daniëls, Chance, Wellings, Salmon; Hughes (Wynne). Técnica: Tanya Oxtoby.

Liverpool: Preuss; Jane, Bradley, Fahey, Robe; Bailey, Roberts (Murray), Lawley (Sweetman-Kirk), Furness, Charles (Hodson); Babajide. Técnica: Vicky Jepson.

Classificação após 13 rodadas:
1º – Manchester City: 33
2º – Arsenal: 33
3º – Chelsea: 32 (-1 jogo)
4º – Manchester United: 18 (-2 jogos)
5º – Everton: 18 (-2 jogos)
6º – Reading: 17 (-1 jogo)
7º – Tottenham: 16
8º – West Ham United: 13 (-2 jogos)
9º – Brighton and Hove Albion: 9
10º – Birmingham City: 7 (-2 jogos)
11º – Liverpool: 6 (-1 jogo)
12º – Bristol City: 6 (-1 jogo)

Próxima rodada (14ª de 22):

  • Liverpool x Birmingham City, 02/02
  • Reading x Manchester United, 02/02
  • Chelsea x West Ham, 02/02
  • Brighton x Everton, 02/02
  • Tottenham x Bristol City, 02/02
  • Manchester City x Arsenal, 02/02

Texto produzido por Eduardo Costa, Leonardo Parrela e Lucas Bichão.

Redacao
Redacao