Só três times do Big 6 venceram na 11ª rodada da Premier League. Além do Chelsea, o líder Liverpool e o vice Manchester City saíram de campo com os três pontos, ambos com triunfos emocionantes até o último segundo de partida. Confira o resumo dos jogos:
Bournemouth 1×0 Manchester United
Abrindo a rodada de homenagens do Remembrance Day, o Bournemouth arrancou grande vitória contra o inconsistente United sob muita chuva.
Os primeiros minutos mostraram o Manchester incomodando, principalmente pelo lado direito com a velocidade de Daniel James. Mas, aos poucos, os donos da casa foram equilibrando as ações e se estabelecendo no campo de ataque.
Ao se fechar, os Cherries anularam a velocidade dos visitantes e começaram a criar perigo com os pontas Ryan Fraser e Harry Wilson. Até que, no minuto final do primeiro tempo, o gol saiu.
Ashley Young deu espaço para Fraser, que cruzou no peito de Joshua King. O atacante norueguês dominou no peito, escapou de Aaron Wan-Bissaka e finalizou de voleio para marcar.
O Manchester United voltou pior para o segundo tempo e cedendo às investidas do Bournemouth. Quando faltavam 10 minutos para o final, Solskjaer colocou Mason Greenwood em campo. O jovem precisou de menos de cinco minutos para acertar a trave.
Scott McTominay, logo depois, finalmente fez Aaron Ramsdale trabalhar em chute de fora da área. Mas foi só.
FICHA TÉCNICA:
Bournemouth: Ramsdale; Smith, Aké, S. Cook, Rico; Billing, Lerma, H. Wilson (L. Cook), Fraser; King e C. Wilson. Técnico: Eddie Howe.
Manchester United: De Gea; Wan-Bissaka (Williams), Lindelöf, Maguire, Young; McTominay, Fred, Andreas (Lingard); James (Greenwood), Martial e Rashford. Técnico: Ole Gunnar Solskjaer.
Aston Villa 1×2 Liverpool
O Liverpool segue imparável. Mesmo ficando em desvantagem até os 41 minutos da segunda etapa, os Reds conseguiram os três pontos fundamentais para manter a distância de seis pontos para o Manchester City. Andrew Robertson e Sadio Mané marcaram os gols da equipe de Jürgen Klopp; enquanto Trézéguet descontou para os mandantes.
O jogo começou com o Aston Villa executando melhor a sua proposta, enquanto o Liverpool tinha dificuldades para acertar as decisões finais. E os mandantes foram recompensados aos 21 minutos, quando McGinn cobrou falta e Trézéguet abriu o placar.
Os Reds até empataram pouco tempo depois, mas o gol de Firmino foi anulado. A etapa iniciou terminou com a equipe de Klopp sendo pouco criativa e com o trio de ataque pouco participativo.
No segundo tempo, o Liverpool voltou mais aceso, porém longe de jogar tudo o que pode. Mas em momento nenhum a equipe de Jürgen Klopp desistiu. E foi recompensado. Aos 41 minutos da etapa final, Sadio Mané, que não fazia uma boa partida, cruzou e Andrew Robertson empatou a peleja. E nos acréscimos, a glória. Alexander-Arnold bateu o escanteio e Sadio Mané deu a vitória ao Liverpool.
Ficha técnica:
Aston Villa: Heaton; Guilbert (Mohamady), Engels, Mings e Trgett; Nakamba, McGinn e Douglas Luiz (Hourihane); El Ghazi, Trézéguet e Wesley (Kodijia). Técnico: Dean Smith
Liverpool: Alisson; Arnold, Lovren, van Dijk e Robertson; Lallana (Keita), Henderson e Wijnaldum (Chamberlain); Salah (Origi), Mané e Firmino. Técnico: Jürgen Klopp
Manchester City 2×1 Southampton
Em casa, o Manchester City pressionou o Southampton do início ao fim. Mesmo assim, a equipe só chegou ao gol que lhe deu a vitória nos últimos minutos do segundo tempo. O time de Pep Guardiola teve 75% de posse de bola e finalizou 26 vezes, contra apenas três de seu adversário. Foram incríveis 641 passes. Praticamente o triplo dos visitantes. A partida, no entanto, esteve muito longe de ter sido fácil.
O Southampton conseguiu abrir o placar logo aos 13 minutos do primeiro tempo. Ward-Prowse aproveitou falha de Ederson, que rebateu uma bola para frente, e marcou o gol.
A partir daí, a equipe do sul da Inglaterra teve que se defender de todas as maneiras possíveis da blitz feita pelo City. É bem verdade que das 26 finalizações dos donos da casa, apenas quatro foram na direção do gol. Isso tanto por conta de erros dos Citizens quanto por méritos dos defensores do Southampton, que conseguiram bloquear vários chutes.
À medida que o tempo passava, os jogadores do Manchester City demonstravam nervosismo e cometiam alguns erros não muito comuns de se ver no Etihad Stadium.
Aos 25 minutos do segundo tempo, Kyle Walker foi a linha de fundo e fez belo passe para Sergio Agüero empatar. Os donos da casa seguiram pressionando e, aos 41 minutos, finalmente, o gol da virada. Walker aproveitou falha do goleiro Alex McCarthy, que tentava cortar um cruzamento pelo alto, e finalizou para as redes.
Ficha Técnica:
Manchester City: Ederson; Walker, Fernandinho, Stones e Angeliño; Gündogan, David Silva (Gabriel Jesus) e De Bruyne; Sterling, Bernardo Silva (Foden) e Agüero (Otamendi). Técnico: Pep Guardiola
Southampton: McCarthy; Valery (Danso), Bednarek (Adams), Stephens, Vestergaard e Hojbjerg; Romeu, Armstrong e Ward-Prowse; Redmond e Ings (Djenepo). Técnico: Ralph Hasenhüttl
Sheffield United 3×0 Burnley
O Sheffield United continua mostrando porque é uma das grandes – talvez a maior – surpresa deste começo de Premier League. Dentro de casa, os Blades aplicaram um sonoro 3 a 0 no Burnley e estão próximos da zona de classificação às competições europeias.
O time do técnico Chris Wilder apertou o ritmo e definiu a parada logo no primeiro tempo. O gol inicial saiu aos 17 minutos: após uma bela jogada coletiva, David McGoldrick cruzou no meio para Lys Mousset, que só ajeitou para John Lundstram abrir o placar.
Passou o tempo e o Sheffield seguiu dominando as ações. Só que, apesar disso, o Burnley saiu reclamando por um lance crucial. Ainda com o jogo em 1 a 0, os Clarets contestaram um suposto toque na mão dentro da área de Jack O’Connell. A arbitragem ignorou as reclamações e o pênalti não foi marcado.
No fim da primeira etapa, o Sheffield se aproveitou da fragilidade defensiva adversária e castigou. Primeiro aos 43, em uma jogada semelhante ao do primeiro tento, com mais uma assistência de Mousset para o segundo gol de Lundstram no jogo.
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E no minuto seguinte, no erro da saída do Burnley, John Fleck recebeu outra assistência de Lys Mousset (sua terceira na partida) e bateu de canhota, sem dar chances para Nick Pope. Muita festa da torcida com o 3 a 0 em Bramall Lane.
Com o placar elástico, o ritmo do segundo tempo foi naturalmente menor. Enquanto os mandantes seguiram com o controle total, os visitantes foram nulos ofensivamente – nenhum chute na direção do gol durante os 90 minutos.
FICHA TÉCNICA:
Sheffield United: Henderson; Basham, Egan, O’Connell; Baldock, Lundstram, Norwood, Fleck, Stevens; McGoldrick, Mousset. Técnico: Chris Wilder.
Burnley: Pope; Lowton, Tarkowski, Mee, Pieters; Cork, Westwood, Hendrick, McNeil; Barnes, Rodríguez. Técnico: Sean Dyche.
Brighton 2×0 Norwich City
Com mais uma boa atuação, o Brighton venceu o Norwich City por 2 a 0 no Amex Stadium. A equipe do técnico Graham Potter teve um volume de jogo muito grande, mas o gol só veio no segundo tempo, depois que Leandro Trossard saiu do banco.
Na primeira etapa foi o Brighton quem teve mais a bola, mas foi o Norwich que teve a primeira grande chance. Marco Stiepermann logo nos minutos iniciais acertou a trave adversária, porém, daí em diante quem comandou o jogo foi a equipe da casa. Não tivemos gols até o intervalo.
As equipes voltaram iguais para o segundo tempo, mas logo aos 15 minutos Potter trocou o Pascal Grob por Leandro Trossard e isso foi fundamental para o jogo. Aos 23 minutos o belga aproveitou cruzamento vindo da direita e marcou. O Brighton começou a ter uma posse de bola produtiva e aumentou o placar aos 39 minutos.
Trossard, o melhor em campo, cobrou falta e Shane Duffy (também saído do banco) se jogou na bola para marcar. Ao total foram 21 finalizações (15 dentro da área) dos Seagulls contra sete do Norwich.
O viés ofensivo do técnico Graham Potter cada vez mais é absorvido pelo time e o Brighton vai construindo uma campanha bem sólida nesse primeiro turno de Premier League. O próximo confronto é contra o Manchester United, em Old Trafford.
Ficha técnica:
Brighton: Ryan; Martín Montoya, Webster, Dunk, Dan Burn; Pascal Grob, Propper, Stephens, Alzate; Connolly, Neal Maupay. Técnico: Graham Potter
Norwich: Tim Krul; Aarons, Tettey, Godfrey, Jamal Lewis; Trybull, McLean; Emiliano Buendía, Stiepermann, Onel Hernández; Teemu Pukki. Técnico: Daniel Farke
West Ham 2×3 Newcastle
Segue a má fase do West Ham. Jogando em casa, os Hammers foram surpreendidos pelo Newcastle em jogo movimentado e acabaram derrotados por 3 a 2 e chegam ao quinto jogo consecutivo sem vencer.
Após ser duramente criticado, o time de Steve Bruce, enfim, teve uma atuação boa. Criando chances e dominando o adversário, o Newcastle abriu o placar logo no começo do jogo. Após cobrança de falta, Joelinton subiu de cabeça e encontrou Clark, que foi mais ágil que a defesa do West Ham e colocou o Toon em vantagem.
O gol animou o Newcastle, que poucos minutos depois conseguiu ampliar o marcador. Willems levantou na medida e Fernandez aproveitou a falha da marcação dos Hammers e subiu livre para fazer o segundo gol dos Magpies.
Mesmo com a vantagem, o Newcastle continuou num ritmo assustador e teve três chances incríveis para fazer o terceiro gol ainda no primeiro tempo.
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Primeiro quando Willems encontrou Saint-Maximin, o francês disparou em velocidade e invadiu a área livre de marcação, mas finalizou em cima de Roberto Jimenez. Minutos depois, Saint-Maximin teve outra chance idêntica e, novamente, parou no goleiro dos Hammers. No rebote, Almirón também parou em Roberto. Quem também quase ampliou foi Shelvey, que acertou um lindo chute de trivela no travessão.
No começo do segundo tempo, no entanto, não teve jeito. Shelvey, em cobrança de falta, fez o terceiro gol do Newcastle na partida e deixou os visitantes em situação confortável. Até demais.
Aos 28 do segundo tempo, Balbuena aproveitou o rebote de Dubravka e diminuiu para o West Ham. Aos 45, Snodgrass aproveitou bom passe de Lanzini e acertou um belo voleio, fazendo o segundo dos mandantes, mas já era tarde demais.
Ficha técnica:
West Ham: Roberto Jimenez; Zabaleta (Fredericks), Balbuena, Diop, Cresswell; Rice, Yarmolenko (Lanzini), Noble (Ajeti), Snodgrass, Felipe Anderson; Haller. Técnico: Manuel Pellegrini
Newcastle: Dubravka; Yedlin, Fernandez, Lascelles, Clark, Willems (Dummett); Almiron, Hayden, Shelvey, Saint-Maximin (Atsu); Joelinton (Carroll). Técnico: Steve Bruce
Arsenal 1×1 Wolverhampton
Com vaias após o apito final, o Arsenal só empatou com o Wolverhampton no Emirates Stadium. O placar final de 1 a 1 teve gols de Aubameyang e Raúl Jimenez, havendo o primeiro alcançando a marca de 50 tentos pelos Gunners.
Ambas as equipes vinham de dois resultados recentes na Premier League insatisfatórios para suas pretensões e elencos. Os Gunners começaram a rodada na 5ª posição, mas a derrota para a Sheffield United e o empate em casa contra o Crystal Palace amargavam a boca do torcedor. Principalmente após a eliminação para o Liverpool na Copa da Liga no meio de semana.
O início da partida não trazia sensações de que a vida melhoraria para o Arsenal, que apesar da porcentagem maior de posse de bola, sofria a pressão do Wolves. Guendouzi esteve muito bem marcado no meio-campo.
Isso dava ao trio Traoré, Diogo Jota e Jiménez ótimas chances para buscar o gol. Para se ter uma noção melhor, Raúl chutou oito vezes das 25 do time.
Somente depois da faixa dos 15 minutos houve uma melhora por parte dos donos da casa. Conseguiram aplicar uma pressão moderada e comandar as ações, apesar de sofrerem com a saída de bola rápida.
Foi nesse momento que o time abriu o placar. Chambers e David Luiz brincaram de ponta ofensivo numa troca de passes em que a bola acabou sendo cruzada para Lacazette na área.
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O atacante francês girou bem e passou para Aubameyang chutar do contrapé do goleiro. Essa foi a 12ª assistência de Lacazette desde o início da última temporada, número superior ao de qualquer outro jogador do Arsenal segundo Orbinho. Já o tento foi 50º do gabonês usando a camisa dos Gunners, isso em 78 partidas disputadas.
Apesar de estar à frente no placar, era o Wolverhampton quem possuía as melhores jogadas. A perda de Doherty (lesionado) aos 71 pareceu um mau presságio, mas não muito depois seu time conseguiu o empate. João Moutinho entrou no espaço entre o lateral esquerdo e o zagueiro e cruzou para Jiménez marcar seu 4º gol nessa PL.
Mesmo com mudanças na formação, o Arsenal não conseguiu ser mais incisivo. Deu apenas 10 chutes a gol em toda a partida, delimitando suas ações ao meio-campo que sentiu a falta de uma válvula de escape. O time terá de resolver isso até o próximo fim de semana para enfrentar o Leicester fora de casa. Já os Wolves terão de focar para conseguir três pontos em casa contra o Aston Villa.
Ficha técnica
Arsenal: Leno; Chambers, Sokratis, David Luiz, Tierney (Kolasinac); Torreira (Saka), Guendouzi, Ceballos; Özil, Aubameyang, Lacazette (Martinelli). Técnico: Unai Emery
Wolverhampton: Ruí Patrício; Dendoncker, Coady, Saïss; Doherty (Vinagre), Rúben Neves, João Moutinho, Jonny Castro; Traoré, Raúl Jiménez, Diogo Jota (Pedro Neto). Técnico: Nuno Espírito Santo
Watford 1×2 Chelsea
Jogando fora de casa, o Chelsea teve uma grande exibição. Enfrentando o lanterna e ainda não vitorioso na Premier League, Watford, os comandados de Frank Lampard amassaram a equipe da casa desde o início.
Os Blues abriram o placar logo aos cinco minutos de jogo. Após belo lançamento de Jorginho, o jovem Tammy Abraham tocou por cima do goleiro Ben Foster abrindo o placar no Vicarage Road.
O Watford pouco produzia na partida, jogando grande parte partida em seu campo de defesa, sofrendo com as investidas do Chelsea. A equipe londrina só não ampliou o marcador graças às grandes defesas do goleiro Foster, mais uma vez, o melhor em campo pelos Hornets.
Na volta do intervalo pouca coisa mudou. O Chelsea continuou criando inúmeras chances no ataque, principalmente com William e Mason Mount. Os visitantes conseguiram ampliar o marcador no início do segundo tempo. Após cruzamento rasteiro de Abraham, o americano Christian Pulisic só teve o trabalho de empurrar a bola para dentro.
O abafa do Chelsea seguiu durante os toda a segunda etapa. O Watford só conseguiu chegar a uma chance real de gol após o VAR indicar uma penalidade cima de Gerard Deulofeu.
O espanhol foi para a cobrança e diminuiu para o time da casa. O Chelsea não conseguiu liquidar a partida em suas inúmeras oportunidades e quase foi castigado por isso.
No último lance de jogo Ben Foster foi para área dos Blues na desesperada tentativa de empatar a partida. O goleiro do Watford conseguiu o cabeceio, exigindo um milagre de Kepa no último segundo da partida, o que lhe rendeu vários cumprimentos, tanto de seus companheiros de time como também do colega rival do Watford.
Ficha técnica:
Watford: Foster, Janmaat (Femenia), Kabasele, Dawson, Cathcart (Mariappa), Masina, Chabolah (Hughes), Doucoré, Pereyra, Deulofeu, Gray. Técnico: Quique Flores
Chelsea: Kepa, Azpilicueta, Zouma, Tomori, Palmieri, Jorginho, Kovacic, Mount, William (James), Pulisic (Hudson-Odoi), Abraham (Batshuayi). Técnico: Frank Lampard
Crystal Palace 0x2 Leicester City
No estádio Selhurst Park, o Leicester City visitou o Crystal Palace e confirmou a sua excelente fase. Desta vez, vitória categórica pelo placar de 2 a 0. Söyüncü e o artilheiro Jamie Vardy deram números finais ao confronto.
Mesmo jogando longe de seus domínios, o Leicester City se impôs diante do Crystal Palace. Com mais posse de bola e volume de jogo, os Foxes dominaram as ações ofensivas no primeiro tempo. Já os mandantes optaram por uma proposta mais reativa, jogo bem característico do técnico, Roy Hodgson.
No entanto, apesar das propostas distintas, a partida foi bem equilibrada na etapa inicial e com poucas chances reais de gol. Jamie Vardy teve a melhor oportunidade do primeiro tempo, mas Guaita fez grande defesa e impediu o tento dos visitantes.
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Já o segundo tempo foi mais movimentado. O Crystal Palace se lançou ao ataque e o Leicester continuou com o seu jogo ofensivo. E, aos 12 minutos, o zagueiro Söyüncü abriu o placar. Maddison bateu escanteio, a bola passou por toda a área e o defensor turco mandou para o fundo das redes.
Com a vantagem no marcador, foi a vez do Leicester apostar em um jogo de transição. O time de Brendan Rodgers compactou bem as suas linhas para sair em velocidade com Maddison, Barnes e Vardy.
Atrás do placar, o Palace não teve alternativas e tentou ser mais incisivo. Para isso, Roy Hodgson colocou o alemão Meyer no lugar de Kouyaté, quebrando a linha de cinco no meio-campo e dando mais ofensividade ao ataque dos Eagles.
No entanto, o time da casa não conseguiu ter uma boa produção ofensiva e incomodar o setor defensivo do Leicester. Os visitantes tinham o total controle da partida.
Nos minutos finais, Jamie Vardy apareceu. Mais uma vez. Após ótima jogada pela esquerda, o atacante inglês recebeu de Gray e de primeira mandou para o fundo das redes. 2 a 0 e jogo liquidado no Selhurst Park.
Ficha técnica:
Crystal Palace: Guaita; Ward, Cahill, Tomkins, van Aanholt; McArthur (McCarthy), Milivojevic, Kouyaté (Meyer), Schlupp e Zaha; Ayew (Benteke). Técnico: Roy Hogdson.
Leicester City: Schmeichel; Ricardo Pereira, Söyüncü, Evans, Chilwell; Ndidi, Tielemans, Ayoze Pérez (Gray), Barnes (Morgan) e Maddison (Praet); Vardy. Técnico: Brendan Rodgers.
Everton 1×1 Tottenham
Contrariando todos os prognósticos iniciais da temporada, Everton e Tottenham se enfrentaram no último jogo da 11ª rodada para sair do buraco. As duas equipes tiveram um péssimo começo de PL e precisavam muito da vitória para se afastar da parte de baixo da tabela.
Diante disso, era visível uma tensão entre os times, em especial no primeiro tempo. Durante os primeiros 45 minutos o ritmo do jogo foi lento e ninguém conseguiu criar claras oportunidades.
Os Toffees tinham em Richarlison a principal fonte de ações ofensivas, além da boa atuação de André Gomes no meio. Já os Spurs, contando com Lucas no lugar de Harry Kane (doente), esperavam ter mais mobilidade, mas nada fizeram com os 62% de posse de bola nos primeiros 45 minutos.
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O empate era péssimo para ambos, o que fez o jogo melhorar no segundo tempo. Pouco a pouco, os dois times começaram a criar chances. O Tottenham foi quem aproveitou primeiro: aos 17, saída de bola errada de Alex Iwobi, Son Heung-Min avançou e lançou Dele Alli, que tirou da marcação e bateu firme no canto esquerdo para abrir o placar.
Mas o lance marcante do jogo veio aos 34 minutos. André Gomes arrancou pela esquerda, recebeu um carrinho por trás de Son e, ao cair e se chocar com Serge Aurier, fraturou a perna direita. O lance horrível deixou jogadores e torcedores consternados em Goodison Park, incluindo o próprio Son, que expulso, saiu de campo chorando copiosamente.
Depois disso o jogo claramente esfriou. Mas o Everton, mesmo após o incidente, ainda teve forças para buscar o resultado com um a mais: cruzamento certeiro de Lucas Digne da esquerda e Cenk Tosun testou firme para igualar o marcador aos 52 minutos (o jogo foi até os 57 pela paralisação).
No fim das contas, com a feia lesão de André Gomes ganhando os holofotes, o resultado foi péssimo para os dois times. O Everton está na beira da zona de rebaixamento, e o Tottenham, na metade de baixo da tabela, segue sem vencer fora de casa nesta PL.
FICHA TÉCNICA:
Everton: Pickford; Sidibé, Mina, Holgate, Digne; Delph, Davies (Calvert-Lewin), André Gomes (Sigurdsson), Walcott (Tosun), Iwobi; Richarlison. Técnico: Marco Silva.
Tottenham: Gazzaniga; Aurier (Foyth), Alderweireld, Sánchez, Davies; Ndombelé (Lo Celso), Sissoko, Son, Alli, Eriksen (Sessegnon); Lucas. Técnico: Mauricio Pochettino.